Encontro reúne profissionais de várias Unidades, que ratificam a importância do compartilhamento de informações na Fundação
O mundo está em constante mudança. A tecnologia evoluiu, tudo se conecta digitalmente e as instituições e pessoas tiveram que se adaptar aos novos processos e velocidade das informações. Pensando nisso, Farmanguinhos realizou a palestra Gestão do Conhecimento e sua aplicabilidade em Organizações Públicas para os profissionais da Fiocruz, no dia 22 de maio, no Complexo Tecnológico de Medicamentos. O assunto é multidisciplinar e conseguiu abranger diversas áreas e Unidades, com 74 participantes, sendo 20 deles profissionais de outras Instituições da Fiocruz.
O assunto foi abordado pela responsável do Desenvolvimento de Recursos Humanos do Instituto Nacional de Controle da Qualidade em Saúde (INCQS), Elaine Lúcia, que apresentou os dados da tese de mestrado sobre os fatores críticos de sucesso para implementação da Gestão do Conhecimento (GC) na Fiocruz. “A questão chave da GC é compartilhar. É importante estarmos comprometidos com o aprendizado contínuo, com a interação e a disseminação de conhecimentos, que inclusive faz parte da missão da Fiocruz”, explicou.
Com um vasto conhecimento no assunto, Elaine apontou conceitos, objetivos, benefícios e desafios da GC. Ela ainda orientou sobre a Cadeia de Valor do conhecimento formada por: dados, informação, conhecimento e sabedoria e associou aos macroprocessos, que são: aplicar e acessar o conhecimento, garantir e preservá-lo, compartilhar e disseminar e gerar e adquirir este conhecimento.
Luiza Gomes, Assessora de Comunicação da Cooperação Social, salientou a proposta de GC na Fiocruz e a relevância do assunto. “Achei incrível, ousada e pertinente a proposta da implementação desse sistema na Fiocruz. Estabelecer práticas e processos que permitam que os saberes circulem, estejam acessíveis, ajuda a aprendizagem coletiva e certamente contribui para espaços de trabalho mais inspiradores, produtivos e saudáveis”, frisou.
Baseado nos requisitos da norma ISO 30.401:2018, que regulamenta os modelos de Gestão de Conhecimento, Elaine revelou as 11 etapas de implementação e exemplificou alguns exemplos de iniciativas já existentes em Farmanguinhos e na Fiocruz. “Assim que recebi o convite da área de Desenvolvimento de RH de Far, procurei conhecer algumas práticas da Unidade, como ferramentas que apoiam o Planejamento Estratégico, mapeamento de competências, Programa de Desenvolvimento de Gestores, capacitação, inserção no Projeto Inova da Fiocruz, Transferência de Tecnologia, entre outras ações realizadas em Far, que apoiam uma Gestão baseada no conhecimento. A Gestão do Conhecimento já faz parte das Unidades, mas ainda é necessário nos apropriarmos deste conceito, para que possamos sistematizar e organizar melhor a base de dados e de informação da Instituição para gerarmos mais conhecimento em prol da sociedade”, concluiu Eliane Lucia, que defendeu a tese sobre o assunto para o mestrado em Política e Gestão em Organizações de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde.
A Coordenadora de Desenvolvimento Tecnológico, Alessandra Esteves, destacou como a transferência de conhecimento já existe na área. “Podemos vê-la tanto na transferência de tecnologia quanto na área de desenvolvimento. A experiência e o conhecimento que é gerado desde o início vão ser o histórico daquele produto, que está sendo desenvolvido. Já temos alguns esforços nesse sentido, como procedimentos, registro de lições aprendidas dos projetos, mapeamento de processos. São muitos dados que deixamos como registro na Instituição, mas precisamos transformar mais em informação e conhecimento”, declarou.
Tatiana Duffrayer, da Secretaria Executiva da Casa de Oswaldo Cruz (COC), lembrou de ações do seu cotidiano e falou do trabalho em conjunto. “O assunto me interessa muito, até porque todo dia trabalhamos com informação, dados e é muito importante que possamos guardar e compartilhar esse conhecimento. Na COC já fazemos a gestão da informação, temos arquivo de memória, Política de Memória Institucional, Sigda, entre outros. Acredito que temos que fazer um cruzamento entre as informações em comum entre as Unidades, para conseguirmos compartilhar”, comentou a profissional que pretende voltar para o workshop do assunto.
Redes entre as Unidades – A coordenadora do DDRH, Luciane Galdino, contou que a palestra foi idealizada por intermédio da rede formada pelos profissionais de Desenvolvimento de Recursos Humanos das Unidades. “Essa rede é importante para nos fortalecermos, enquanto Fiocruz como um todo. O assunto veio em consonância ao plano de capacitação para delinear ações para o desenvolvimento dos profissionais da Instituição e decidimos abrir para toda a Fiocruz, como um dos compromissos da nossa rede”, enfatizou. Novos encontros já estão em andamento para capacitação de multiplicadores e para o segundo semestre, há uma proposta de workshop para aplicação de GC.
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