Os mais de 5 mil visitantes do evento puderam conhecer e experimentar os métodos científicos utilizados nas etapas da cadeia produtiva das plantas medicinais

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos / Fiocruz) participou da 16ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que teve o tema “Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável”. Com a apresentação de pesquisadores e profissionais de laboratórios diferentes da unidade, os alunos e visitantes do evento tiveram a oportunidade de participar da oficina Plantas medicinais: da semente à farmácia e acompanhar as etapas da cadeia produtiva das plantas medicinais dentro de uma indústria farmacêutica.

Mariana Souza, pesquisadora do Laboratório de Farmacologia Aplicada e Coordenadora do Departamento de Educação, falou sobre a temática da oficina e os laboratórios envolvidos.

“Como o tema é Bioeconomia, a proposta foi levar toda a cadeia de desenvolvimento de um fitoterápico. Para isso, quatro áreas diferentes se uniram para oferecer uma única grande atividade. O pessoal do Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde levou mudas de plantas medicinais e algumas informações sobre o potencial medicinal das plantas dos biomas brasileiros. Seguindo a cadeia, o grupo do Departamento de Produtos Naturais mostrou como se extrai as substâncias das plantas que têm o efeito terapêutico. O próximo passo foi mostrado pelo grupo do Laboratório de Farmacologia Aplicada que convidou os visitantes a fazer um teste que avalia a atividade terapêutica das substâncias extraídas pelo grupo de Produtos Naturais. Para finalizar a cadeia, o grupo do Laboratório de Farmacotécnica Experimental mostrou sua linha de pesquisa, que estuda a possibilidade de se usar impressoras 3D para imprimir comprimidos”, explicou.

Em todas as etapas, os visitantes puderam realizar experiências, plantando, conhecendo aromas, equipamentos e procedimentos, que são utilizados nos laboratórios da unidade. Para não oferecer perigo aos visitantes do evento, as substâncias utilizadas foram criadas artificialmente, para que ficassem fisicamente semelhantes às dos laboratórios, mas que pudessem ser manipuladas sem riscos. “A ideia era que os pesquisadores fizessem o mínimo possível e os alunos conseguissem executar e conhecer os métodos científicos. Então, utilizamos tinta de canetinha, extrato de repolho roxo, vinagre, água sanitária e não colocamos nenhum nome de doença ou substância para não ter relações ou induções”, detalhou Mariana.

16ª edição da Semana – A SNCT contou com diversas atividades de divulgação científica e recebeu mais de 5mil visitantes no campus Manguinhos, durante os dias 21 a 26 de outubro de 2019. Crianças, jovens e adultos de todas as idades estiveram no evento, de forma espontânea ou através do agendamento de grupos, acima de dez pessoas. Escolas de educação infantil e ensino médio, Universidades, grupos de igrejas e de clínicas da família, entre outras pessoas interessadas realizaram o agendamento e participaram da programação, oferecida pelas instituições da Fiocruz, em Manguinhos.

O evento é coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e, na Fiocruz, foi organizado por um Comitê Executivo, formado por representantes da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), da Casa de Oswaldo Cruz e do Museu da Vida.