(Por Maritiza Neves)


O agrupamento de atividades fundamentais para reparar ou manter um equipamento, um sistema, uma peça, de maneira que se consiga uma boa condição operável e uma vida útil maior para o maquinário, se chama Manutenção.

Há algum tempo, a Manutenção Industrial vem assumindo um papel estratégico nas organizações. A busca de excelência operacional e a competitividade fez com que esta importante atividade atingisse esse status tático.

Em Farmanguinhos, a manutenção feita em equipamentos ligados diretamente à Produção / VDOP, se chama Fabril. E a grande missão desse setor é manter os equipamentos o maior tempo possível disponível para produção e prolongar sua vida útil mantendo as condições de quando foi feita a qualificação. “Não adianta eu levar mais tempo fazendo manutenção do que o equipamento leva para produzir”, informa o coordenador da área, Irwing Weinberg.

A Manutenção é classificada de diversas formas, a saber: corretiva, preventiva, preditiva… Na Unidade, a nomenclatura para as manutenções corretivas e preventivas são: Não Sistemática, aquela usada quando o equipamento falha ou dá algum defeito (Corretiva) e Sistemática, aquela que é programada (Preventiva).

Quando a Anvisa chega para inspecionar a nossa área, a primeira coisa que pedem é o plano anual de manutenção dos equipamentos – Irwing Weinberg

Como isso tudo funciona – Por meio do setor de Planejamento e Controle da Manutenção (PCM), é elaborado um planejamento anual com programação e controle das manutenções.  As tarefas para geração das manutenções preventivas que compõem o plano são baseadas em informações extraídas pelos profissionais da área dos manuais de operação e manutenção dos equipamentos, e cadastrado no sistema como Ordem de Manutenção (OM), empregando o tipo de manutenção adequada, considerando o grau de prioridades e criticidade de cada maquinário. Semanalmente são emitidas todas as OM sistemáticas dos equipamentos. Estas, por sua vez, serão distribuídas para cada supervisor que, em seguida, subdividirão com as esquipes de mecânicos e eletricistas que executarão a manutenção sistemática no decorrer da semana.

Está contido na estrutura da Manutenção Fabril de Far, a Oficina de Apoio e a Oficina de Automação. No primeiro local, se fabrica e se conserta peças dos maquinários fabris. Já, no segundo, se trabalha a parte eletrônica dos equipamentos.

Farmanguinhos tem uma média de 2.400 equipamentos. Os mecanismos são de última geração, com tecnologia de ponta, sensores em várias partes. Essa quantidade de maquinário é um grande desafio para os profissionais do setor, pois num tempo hábil precisam vistoriar e, se for necessário, fazer a reposição dos itens que quebraram, desgastaram ou deram defeito.

Um dos diferenciais da Manutenção Fabril é o staff destacado para ficar todo o tempo atento aos equipamentos da Produção. Essa equipe trabalha com manutenção não sistemática (corretiva). Os profissionais acompanham o desempenho dos dispositivos para, em caso de avaria, procederem com uma ação rápida. Naquele local, inclusive, tem uma oficina com mecânicos e eletricistas que dão apoio diretamente aos equipamentos instalados na fábrica, sempre atendendo as premissas das Boas Práticas de Fabricação (BPF).

Os colaboradores da Manutenção Fabril que atuam fora da fábrica são responsáveis por fazerem em suas oficinas as modificações ou adaptações no maquinário para que se possa executar formatos novos de peças caso tenha havido troca de frasco, tampa, embalagem, o que for. Pela quantidade de equipamentos, não é pouco o trabalho dos 30 profissionais que atuam na área.

Estocar sem ocupar espaço físico – Apesar da área de Manutenção ter uma estrutura física boa, com estoque básico e materiais emergenciais para uso no dia a dia, Farmanguinhos precisaria de um espaço muito maior para armazenar todo o material necessário para o reparo dos equipamentos. Ao invés disso, o uso do sistema de registro de preços tem sido uma alternativa importantíssima para Far. Por meio deste procedimento, onde são listados os materiais passíveis de uso, os itens são adquiridos no momento adequado da necessidade, não sendo necessário providenciar grandes áreas para armazenagem de materiais. 

Além disso, a Instituição adotou uma tendência de mercado de contratação de Assistência Técnica. Iniciou com a empresa Fette Compacting um contrato de manutenção com fornecimento de peças. Com isso, passa a usar o estoque e as peças do fabricante sem ter a preocupação de ampliar o seu espaço físico. “Essa é uma prática crescente no mercado. Esse tipo de contrato só temos com a Fette. Estamos tentando estender para outros equipamentos. Assim, não precisamos imobilizar verba com estoques. Só se usarmos”, disse Irwing.

Assim funciona a Manutenção Fabril em Far. Manter, consertar, conservar são ações feitas diuturnamente na busca de soluções ideais para o contínuo crescimento institucional.