“Se você não se sabe aonde quer chegar, qualquer caminho serve”.

Vinícius atua há 3 anos em Farmanguinhos

Essa frase é do clássico “Alice no País das Maravilhas”, dita pelo gato de botas à protagonista quando ela estava numa encruzilhada, com várias opções de destino, e ficou na dúvida de qual direção seguir. Entretanto, diferente da personagem do desenho, o colaborador Vinícius Costa, do Serviço de Validação, sabe muito bem aonde quer chegar. Foco e determinação são características marcantes. Percorra conosco por sua trajetória e conheça a história deste jovem e determinado profissional.

Cria de Caxias, onde mora até hoje, o filho caçula da dona Sueli e do Sr. Gerson teve uma infância simples, longe das tecnologias, mas cercado brinquedos, como pipas e bola de futebol, e livros! Ele era incentivado pelos pais a estudar e, principalmente, ter bons resultados. Por isso, antes da diversão, Vinícius tinha sempre que apresentar alguma contrapartida.

Tal exigência dos pais se transformou em estímulo. Ele passou a buscar por conhecimento de forma incessante e assim conheceu a Engenharia, área pela qual se identificou e tem trilhado seu caminho profissional. O primeiro passo foi o Técnico em eletrônica pela Escola Técnica Visconde de Mauá (Faetec), depois a graduação em Engenharia Mecânica pela Faculdade Souza Marques, o MBA em Gerenciamento de Projetos pela Universidade Católica de Petrópolis (UCP) e, agora, a pós-graduação em Engenharia de Produção com foco em Lean manufacturing, também na UCP.

“Cresci numa família bastante unida e com poucos recursos. A minha infância foi boa, não tinha acesso às tecnologias, mas pude brincar bastante. Eu gostava de soltar pipa e jogar bola. Mas antes do lazer, eu tinha que mostrar que eu estava em dia com as minhas obrigações com os estudos”, revela.

Engana-se quem pensa que ele vai parar por aí: “Desde criança sempre pensei em ser engenheiro, embora eu não tenha sido aquela criança que desmontava os brinquedos e imaginava a mecânica deles. Mas eu achava a área interessante e meu pai, meu maior exemplo de tudo, mesmo sendo projetista, sempre tentava me explicar como certas coisas funcionavam. Isso me deslumbrava. Ele me convenceu a fazer técnico em eletrônica, mas não me identifiquei. Segui meu instinto e fui para a mecânica”, salienta.

Durante verificação do ar comprimido, uma das suas atividades (Foto: Tatiane Sandes)

“Foi na faculdade que pude conhecer as vertentes da Engenharia e a pensar no direcionamento da minha trajetória profissional. Com o apoio do meu pai, que atuava há mais de 15 anos em uma indústria farmacêutica e me explanava sobre os processos, e da experiência obtida por meio de estágio, passei a me especializar em Qualificação de utilidades. A partir disso, comecei a fazer cursos que pudessem agregar mais conhecimento a minha carreira e fazer com que, cada vez mais, eu me aprimorasse e tivesse um desempenho melhor, aplicando todo esse aprendizado na prática. Como sei que os processos e os maquinários vivem sendo aperfeiçoados, não meço esforços para acompanhar as mudanças e me manter atualizado. Depois da pós, pretendo continuar estudando… quem sabe o Mestrado”, frisa.

Antes de chegar em Farmanguinhos, em 2016, Vinícius passou por diversas empresas, tais como Petrobras, Camil e Hospital Federal da Lagoa, além de prestar serviço de qualificação para grandes indústrias farmacêuticas, dentre elas: Mantercorp, GSK, Abbott, Roch e Merck. No Instituto, o analista de Qualidade tem como principal atribuição qualificar os sistemas de Utilidades (água purificada, ar comprimido e HVAC – sigla em inglês para aquecimento, ventilação e ar condicionado). “Com a qualificação desses sistemas, dos equipamentos térmicos e fabris, além de outras validações e estudos de holding time (tempo de estocagem de produtos intermediários), podemos produzir os medicamentos em Far”, observa o colaborador.

Empolgado, ele ressalta a importância da instituição na sua carreira e destaca um dos momentos mais estimulantes que teve: “Farmanguinhos tem um grande diferencial: além de atender a população, de ter esse cunho humanitário, aqui a interface com as outras áreas torna o trabalho enriquecedor. Essa troca de experiência proporciona aprendizado, amplia o nosso conhecimento, tornando Far uma grande escola. Aqui, por exemplo, meu primeiro desafio foi, após a obra do prédio 70, qualificar todos os sistemas de utilidades, em um curto período de tempo, para receber as auditorias e começar a fabricar os medicamentos para atender as demandas. Além da exigência profissional, de toda expertise e know-how, foi preciso interagir com as demais áreas para que cumpríssemos todos os requisitos e prazos. Isso muito me agregou”.

E se no caminho houver percalços? Ele responde sem titubear: “nada está perdido! Se você tiver perseverança e persistência, você conseguirá mudar a situação”.