Colaboradores concluem o programa intercultural da Massey University e recebem o título de cidadãos globais

Os colaboradores Daniel Lopes (Serviço de Compras), Eduardo Sousa (Departamento de Síntese de Fármacos e Bioativos), Saulo Moura (Departamento de Tecnologia da Informação) e Tatiane Sandes (Centro de Comunicação) concluíram o programa intercultural Global Competence Certificate (GCC). O edital foi divulgado ano passado pelo Departamento de Educação de Far. Após avaliação dos inscritos, os quatro profissionais foram contemplados com bolsa de estudos, fruto de uma parceria entre a Fiocruz e a Massey University, universidade da Nova Zelândia, considerada uma das 300 melhores do mundo.

Servidor de Farmanguinhos, Jorge Magalhães, um dos responsáveis pela articulação do curso junto à universidade neozelandesa, informou que essa parceria faz parte de uma das estratégias da unidade com a diplomacia em saúde internacional, onde tem-se buscado identificar projetos de interesses comuns no exterior.

“Articulamos a possibilidade de oferecer esse curso aos nossos colaboradores, uma vez que é premissa para atuação no século 21 possuirmos habilidades para refletir e agir fora da caixa, extramuros, em um mundo em constante mudança. Espera-se que com mais esta iniciativa possamos colaborar em mais um passo na formação de profissionais com pensamento crítico construtivo local e global, para Farmanguinhos, Fiocruz, o SUS e o mundo”, destacou.

Ministrado totalmente em Inglês,  o curso ofereceu um ambiente virtual para acesso ao conteúdo programático, e foram realizados encontros  semanais para debater os temas com alunos de diversos países com os quais a universidade mantém parceria.  O programa desenvolveu nos alunos autoconsciência, empatia para lidar com os padrões de comportamento e valores de pessoas de diferentes contextos culturais e maneiras de construir pontes em ambientes multiculturais sem prescindir de questões locais, concedendo-os, ao final, o título de Cidadãos Globais. Aprovado por unanimidade, os alunos comentaram as suas experiências e aprendizados com o intercâmbio.

Para Eduardo Sousa, o intercâmbio possibilitou sair da zona de conforto. “Achei o curso muito interessante. Os assuntos abordados são de aplicação prática, não só na vida profissional, como também na vida pessoal. Penso que é um curso que nos tira da caixa e nos faz pensar no papel que temos na sociedade. Estar com pessoas de diferentes culturas é muito rico e motivador”.

“As aulas foram bastante dinâmicas, com muitas trocas em grupos menores sobre os temas pré-estudados. A mistura de participantes do Brasil, da Nova Zelândia e de outros países nesses grupos menores foi muito agregadora e nos permitiu observar na prática as diferenças culturais que nos foram apresentadas na teoria. Com isso, acredito que a maior aplicabilidade será no uso cotidiano das ferramentas aprendidas no curso, ajudando em pequenas mudanças nos diversos núcleos de convívio que estamos inseridos (trabalho, amigos, família, etc)”, avaliou Saulo Moura.

Para Daniel Lopes, o mais desafiador é a aplicação dos conhecimentos adquiridos.“Comunicar-se em outra língua que não seja a sua língua materna sempre apresenta desafios, mas colocar em prática o que aprendemos é muito mais difícil. O curso objetiva expandir sua visão, retirá-lo da sua zona de conforto, propor novas releituras, compreender a diversidade na sua sublimidade, mitigar as polarizações, perceber estereótipos e generalizações, aprofundar e não se precipitar, lidar com conflitos, etc, e tudo isto buscando formar profissionais e cidadãos para o futuro”, ponderou.

“Mesmo que realizado de forma remota, a experiência foi enriquecedora. Tivemos a possibilidade  de estabelecer conexões valiosas com pessoas de diversos lugares do mundo, que nos proporcionou conhecer novas culturas e valores sociais, além de uma troca incrível. Como intercâmbio, constatei que precisamos ser capazes de nos comunicar de maneira eficaz com todas essas pessoas  e garantir que a mensagem seja transmitida com clareza, apesar das diferenças culturais e de idioma. Ser um cidadão global é poder compreender essa multiculturalidade e aceitar as diversidades, sendo capaz de contribuir para a construção de  sociedades mais justas, equânimes, inclusivas, empáticas e pacíficas”, analisou Tatiane Sandes.

A coordenadora do Departamento de Educação, Mariana Souza, falou sobre as suas expectativas após o êxito do programa.

“Esse curso me lembrou a frase ‘pense globalmente, aja localmente’. Em um momento histórico que estamos vivendo, em que o ser humano teve que se reinventar e, ao mesmo tempo, repensar a forma como se relaciona entre si e com o mundo, ter a oportunidade de fazer um curso como esse é a possibilidade de atuar em Far pensando globalmente. Esperamos, em breve, poder fazer alguns eventos internos com os concluintes para que o conhecimento seja compartilhado com toda a força de trabalho, além de oferecer novos cursos”, assinalou.