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Centro de Estudos: palestra debate estratégias de escrita científica

Encontro aconteceu pelo YouTube de Farmanguinhos no dia 17/4

Estratégias para a escrita científica na formação de alunos da pós-graduação. Esse foi o tema abordado no Centro de Estudos do Instituto de Tecnologia de Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) na última quarta-feira, 17/4. Evento foi liderado pelo professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, André Rolim Baby, e aconteceu em formato remoto, com transmissão ao vivo pelo YouTube oficial da instituição.

Para a pesquisadora da Coordenação de Desenvolvimento Tecnológico (CDT) e, também, docente do Programa de Pós-Graduação Acadêmico em Pesquisa Translacional em Fármacos e Medicamentos (PPG-PTFM) de Farmanguinhos, Livia Prado, essa foi uma oportunidade de fornecer formação sobre o assunto. “É importante pensarmos que um aluno, que está inserido em um programa de pós-graduação stricto sensu, está também envolvido nos discursos sobre a ciência. Por isso, ele deve ser capaz de identificar problemas, coletar dados e chegar a uma conclusão a partir de evidências. Isso de forma clara e concisa, para comunicar seus resultados para a comunidade”, disse.

Durante quase duas horas, André Baby evidenciou aspectos importantes sobre redação de uma publicação científica, a fim de instrumentalizar os participantes do evento no caminho da redação do manuscrito em artigo científico. Na ocasião, falou sobre as publicações durante a história e seus objetivos; conceitos básicos e estratégias de redação; layout do documento, estratégias para elaboração de resumo, introdução, métodos e outras seções; tipos de artigos; seleção de periódicos; e outros.

Segundo o professor, o processo de redação científica tem uma nova complexidade a cada momento e, por isso, é interessante que haja métodos para tornar cada um deles mais conveniente. “Estamos falando de uma atividade muito importante, que mantém a ciência em movimento e em evolução. As publicações divulgam os achados. Todo artigo publicado é a sinalização de uma nova informação ou mais recente de um tema dentro daquele contexto. E a partir disso, que novas opiniões serão formadas, conduzindo a novos estudos”, explicou durante o evento.

Disciplina do programa de Farmanguinhos

Como um dos desdobramentos do assunto, foi anunciada a criação da disciplina “Estratégias para a Escrita e Submissão de Artigos Científicos” dentro do Programa de Pós-Graduação Acadêmico em Pesquisa Translacional em Fármacos e Medicamentos de Farmanguinhos/Fiocruz. A matéria será coordenada pelas pesquisadoras Livia Prado e Camila Areias, que também integra a equipe docente do PPG-PTFM.

“Essa não é uma capacidade inata dos alunos de pós-graduação, mas uma habilidade desenvolvida no caminho. Então, entendemos que se é exigida a publicação para o fim do curso, é preciso também que se forneçam ferramentas para isso”, disse Camila. A primeira oferta será feita ainda em 2024.

Centro de Estudos – espaço de ensino-aprendizagem, criado pelo Instituto para contribuir com a formação de recursos humanos, dentro de uma visão de educação continuada e de valorização do capital humano. Para isso, são promovidas palestras, conferências, apresentação de teses, divulgação da produção científica, entre outras atividades.

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Farmanguinhos é recertificado na norma ISO 14.001

Aprovação foi dada pela Fundação Vanzolini após auditoria na unidade

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) é aprovado para a recertificação da ISO 14.001/2015. O documento reconhece o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) da instituição e o seu compromisso com a sustentabilidade, nacional e internacionalmente. Procedimento aconteceu no começo de março de 2024, quando a empresa responsável pela auditoria, Fundação Vanzolini, considerou o Instituto como apto para o selo.

Farmanguinhos já havia sido certificada com a ISO 14.001, ainda em 2015. À época, a unidade da Fiocruz foi a primeira empresa pública a obter o reconhecimento. “Nós temos uma responsabilidade com o cuidado com o meio ambiente, olhando direto para as nossas estruturas. Esse é um processo que precisa de melhoria continuada e que exige a conscientização de algumas pessoas e isso começa com o nosso corpo de trabalho”, disse o diretor da unidade, Jorge Mendonça.

Auditor da Fundação Vanzolini, Fabrício Carvalho passou seis dias no Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM), campus produtivo de Farmanguinhos, em Jacarepaguá. No local, ele verificou os macroprocessos de trabalho, bem como a atuação e a disseminação do SGA na unidade.  “Escolhi alguns processos e aspectos para serem analisados. Dentre eles, anotei um volume muito grande de conformidades e destaquei pontos fortes e relevantes. O Instituto tem um sistema claro, objetivo, bem compatível com o tamanho da instituição”, declarou.

Auditor da Fundação Vanzolini, Fabrício Carvalho, dá seu parecer sobre Farmanguinhos/Fiocruz.
(Foto: Viviane Oliveira)

Apenas seis apontamentos menores foram reconhecidos durante a sua visita. “Foi necessário elaborar um plano de ação, referente a essas questões apontadas pelo auditor. Esse documento foi encaminhado e aprovado pela certificadora, que fará outra auditoria para o acompanhamento dessas medidas” informou Cristiane Maglhães, Chefe da Divisão de Meio Ambiente. A execução do plano será importante para o prosseguimento do certificado vigente até a auditoria de manutenção, que acontecerá em 2025. E, para isso, Farmanguinhos conta com o apoio dos colaboradores que compõem seu corpo de trabalho.

Em agradecimento a sua equipe, a gestora do Centro de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente (CSTGA), Denise Barone, ressaltou a importância de ter profissionais comprometidos com esse valor institucional. “A área de meio ambiente está sempre buscando melhorias para os processos da unidade em relação à preservação do meio ambiente e a sustentabilidade. Então, isso é um orgulho para nós e para todos os trabalhadores da unidade, que colaboram para o atendimento aos requisitos exigidos pela norma. É uma conquista de todos”, disse. Segundo ela, a instituição conta com dois componentes importantes para multiplicar a visão ambiental, entre os cidadãos, de uma forma ampliada. São elas o aprendizado e o legado, para que gerações futuras sejam mais conscientes e tenham o desejo de cuidar do meio ambiente.

Confira o documento:

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Acordo entre Pfizer e Fiocruz tornará mais acessível tratamento de artrite reumatoide

Citrato de tofacitinibe tem alto valor agregado e terá fabricação nacional

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) assinou acordo de transferência tecnológica para produção do medicamento citrato de tofacitinibe, clone genérico do Xeljanz®. A parceria foi firmada com a Pfizer Brasil, nesta quarta-feira (20/12), no Rio de Janeiro. O intuito é fortalecer a produção nacional e ampliar o acesso da população ao tratamento de doenças inflamatórias imunomediadas, ou seja, desencadeadas a partir de desequilíbrios do sistema imunológico, como a artrite reumatoide.

Dirigentes da Fiocruz e da Pfizer na assinatura do acordo, no Castelo da Fiocruz (Foto: Lean Morgado). Foto: Lean Morgado (Farmanguinhos/Fiocruz)

“Estamos muito satisfeitos em anunciar essa importante parceria. O acordo é parte de uma estratégia estruturante da Fiocruz pela busca contínua de ampliação do acesso à saúde pela população. Fortalecer o SUS e o Complexo Econômico e Industrial da Saúde é colocar mais medicamentos, vacinas e serviços à disposição dos brasileiros”, afirmou o vice-presidente de Produção, Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger.

Além de ser uma parceria benéfica aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), esta é uma ação que vai ao encontro da Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico Industrial da Saúde, instituída pelo Decreto nº 11.715, de 26/9/2023. O decreto tem entre seus objetivos expandir a produção nacional de itens prioritários para o SUS e reduzir a dependência do Brasil da importação de medicamentos, insumos e outros.

Aprovado no Brasil, o Xeljanz® é incorporado ao SUS e apresenta um mecanismo que age dentro das células, inibindo a janus quinase (JAK), uma proteína importante nos processos inflamatórios característicos de algumas doenças imunomediadas. O produto também inaugurou uma classe de medicamentos para artrite reumatoide, tornando-se o primeiro tratamento oral, não biológico, alvo-específico para a doença, do tipo DMARD (medicamentos modificadores do curso da doença).

Foto: Lean Morgado (Farmanguinhos/Fiocruz)

“Mais de 12 mil pacientes já são beneficiados por Xeljanz na rede pública de saúde do Brasil. Agora, mediante essa parceria, fortalecemos nosso compromisso de atuar para que essa inovação alcance ainda mais pessoas, transformando assim suas vidas”, comenta a presidente da Pfizer Brasil, Marta Díez. “Por meio dessa parceria também reforçamos nosso compromisso com o fortalecimento do Complexo Econômico Industrial da Saúde do Brasil”, complementa Marta.

A transferência tecnológica do citrato de tofacitinibe da Pfizer, por Farmanguinhos/Fiocruz, ocorrerá em etapas. Um registro do clone da molécula do medicamento a ser fabricado, por exemplo, já foi submetido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Quando aprovado, será possível iniciar o fornecimento do genérico pelo Instituto para abastecer o SUS, conforme a demanda do Ministério da Saúde (MS).

Foto: Lean Morgado (Farmanguinhos/Fiocruz)

“Um dos trabalhos feitos em Farmanguinhos é voltado para os medicamentos de alto valor agregado. Ou seja, aqueles que são de difícil acesso à população brasileira pelo seu alto custo. Com esta parceria, conseguiremos produzir esse medicamento no nosso país, facilitando o tratamento de pacientes que sofrem com doenças tão severas”, disse o diretor do Instituto, Jorge Mendonça.   

Artrite reumatoide – Segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Artrite Reumatoide de 2021, do MS, a enfermidade é mais frequente em mulheres, na faixa etária de 30 a 50 anos, com pico de incidência na quinta década de vida. O histórico familiar aumenta o risco de desenvolvimento da doença de três a cinco vezes. Entre os sintomas, estão dor e inchaço nas articulações e, caso não haja tratamento, danos importantes e irreversíveis nas articulações podem ocorrer.   

 

Farmanguinhos assina acordo com a Universidade de Coimbra, rumo à internacionalização de suas atividades  

Diretor de Farmanguinhos, Jorge Mendonça, e o pró-reitor da Universidade de Coimbra, Nuno Mendonça assinam memorando que prevê o desenvolvimento de ações nas áreas de educação, pesquisa e desenvolvimento tecnológico na saúde. (Foto: Mariangela Longinio)

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) deu passo importante no caminho da internacionalização de suas atividades com a assinatura (13/12) de um memorando de entendimento com a Universidade de Coimbra (UC). A cooperação internacional prevê o desenvolvimento de ações nas áreas de educação, pesquisa e desenvolvimento tecnológico na saúde.  Assinado pelo diretor de Farmanguinhos, Jorge Mendonça, e pelo pró-reitor Nuno Mendonça, o documento está alinhado à Portaria da Presidência Fiocruz nº 1030, de 23/10/2023, que estabelece regramento para atender a Política de Inovação da Fiocruz, especificamente para ações voltadas à promoção da internacionalização da Fundação e, sobretudo, destinadas ao desenvolvimento tecnológico, à inovação e à apropriação de tecnologias e produtos de interesse do Sistema Único de Saúde (SUS).    

A Fiocruz está em um momento singular com iniciativas formais para a internacionalização de suas atividades e um acordo de cooperação com uma universidade de referência europeia, como a de Coimbra, faz parte dessa estratégia.  A ideia é o desenvolvimento conjunto de novos medicamentos, fármacos e tecnologias, além de oferecer cursos e capacitações em conjunto para o aprimoramento dos nossos programas de pós-graduação”, afirmou Jorge Mendonça.   

O pró-reitor Nuno Mendonça disse que a Universidade de Coimbra deseja se aproximar de ecossistemas para a transferência de conhecimentos e desenvolvimento. “A Universidade de Coimbra olha para Farmanguinhos e para Fiocruz como parceiros essenciais que podem complementar a sua capacidade de investigação científica. Somos uma instituição de referência internacional e queremos fomentar essa relação de modo que nossos alunos e pesquisadores possam usufruir de todo o conhecimento científico oriundo dessa parceria”, destacou.  

Para o vice-presidente de Produção, Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, a visita da delegação da UC e de empresas que fazem parte do seu ecossistema materializa algumas iniciativas de prospecção de parcerias. “Estamos vislumbrando oportunidades de projetos de transferência de tecnologia e até de integração das nossas capacidades produtivas. Temos ativos complementares que são feitos no Brasil que podem se valer de parceiros para alcançar outros mercados, como a África e o próprio mercado europeu” 

Em sua a visita ao Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM), no dia 12/12, a delegação foi apresentada aos projetos desenvolvidos por Farmanguinhos. Também fizeram parte do grupo, o vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra (ex-diretor da Faculdade de Farmácia), Francisco Veiga; o presidente do Conselho de Administração do Grupo Bluepharma e seu vice-presidente, respectivamente, Paulo Barradas e Sérgio Simões; o diretor do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), Antero Abrunhosa, e Tânia Covas, assessora do reitor Amílcar Falcão.     

Presidente da Fiocruz, Mario Moreira, e representantes de Farmanguinhos recepcionam delegação de Portugal, no Castelo Mourisco. (Foto: Peter Ilicciev)

No segundo dia (13/12), o presidente da Fiocruz, Mário Moreira, deu boas-vindas à delegação de Portugal, no Castelo Mourisco, destacando o trabalho desenvolvido pela Fundação e citou que, no contexto internacional, o Brasil busca se reafirmar como player do mercado no campo da saúde. “Esse movimento de Farmanguinhos, de aproximação de Portugal, é muito importante”, ressaltou.    

Para abertura da reunião de trabalho, o reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, por videoconferência, ressaltou que a parceria com a Fiocruz e com Farmanguinhos é bem-vinda, além de afirmar que a Universidade está comprometida em fazer um excelente trabalho conjunto.    

Na ocasião, os vice-presidentes da Fiocruz, Cristiani Machado (Educação, Informação e Comunicação/VPEIC), Hermano Castro (Ambiente, Atenção e Promoção em Saúde/VPAAPS) e Maria de Lourdes Oliveira (Pesquisa e Coleções Biológica/VPPCB); além da assessora de Cooperação Internacional do Centro de Relações Internacionais em Saúde, Ilka Vilardo, falaram sobre as iniciativas conduzidas em suas respectivas áreas. E, por Farmanguinhos, a vice-diretora de Educação, Pesquisa e Inovação (VDEPI), Núbia Boechat, destacou os projetos e as pesquisas desenvolvidas, além dos cursos de especialização, mestrado e doutorado. As coordenadoras de Farmanguinhos: Alessandra Esteves (Desenvolvimento Tecnológico), Mariana de Souza (Departamento de Educação) e Tereza Santos (Centro de Empreendedorismo e Assistência Farmacêutica), além de Daniela Rangel (Relações Internacionais) e a pesquisadora Mônica Macedo (Laboratório de Síntese de Fármacos/Lasfar) participaram do encontro.  

Fiquei impressionado com o ecossistema da Fiocruz e de Farmanguinhos, com o nível de qualidade técnica e humana, bem como a dimensão nacional extremamente importante da instituição ao longo de mais de 100 anos e que, agora, se projeta para o futuro. Desejamos desenvolver parcerias que respondam às necessidades dos sistemas universais de saúde em Portugal e no Brasil, com mais qualidade de serviços para as pessoas, acesso a medicamentos especializados e, no final, melhor saúde para todos”, ressaltou o diretor do ICNAS, Antero Abrunhosa.  

E Paulo Barradas disse que sua empresa está à disposição. “Podemos contribuir para o desenvolvimento da indústria farmacêutica brasileira, por meio da transferência de tecnologias, com projetos e produtos novos“. 

O grupo português participou de visita guiada ao Castelo Mourisco/Fiocruz e conheceu as instalações do centro hospitalar do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) e da Unidade de Apoio ao Diagnóstico (Unadig), sendo recepcionado, respectivamente, pela diretora Valdiléa dos Santos e pela coordenadora-geral Erika de Carvalho. 

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