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Representantes do Governo Federal e demais instituições revistaram Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos 

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Movimento foi estimulado pelo Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde (CIBS), do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), e resultará em documento a ser entregue ao Ministério da Saúde 

Garantir, efetivamente, o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos à população brasileira. Esse foi o intuito do webinário que debateu a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF). A iniciativa aconteceu entre os dias 29 e 31/5, por meio das Redes de Inovação em Medicamentos da Biodiversidade (RedesFito), em formato remoto, e contou com a presença de representantes de oito ministérios, movimentos sociais e instituições. Entre as pautas, estiveram a inovação e os desafios ao lidar com a biodiversidade; o conhecimento tradicional e o científico dentro da perspectiva dos fitoterápicos; o marco legal da biodiversidade; a transversalidade das diretrizes e a restituição do comitê voltado para a PNPMF.  

Foram três dias de webinário. Nele, seis mesas debateram os mais diversos conceitos para a reformulação da política que insere plantas medicinais, fitoterápicos e serviços relacionados à fitoterapia no SUS. “Cerca de duas mil pessoas participaram do webinário pelo YouTube. Isso mostra o interesse por essa política pública, cada vez mais importante de ser debatida e implementada no país”, disse o coordenador das RedesFito, Jefferson Santos. O sistema, juntamente com o Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde (CIBS), do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), promoveu o espaço seguro para a provocação de discussões sobre fitoterápicos, sem desvincular o conhecimento tradicional dos povos originários 

Na imagem, o coordenador das RedesFito e moderador da mesa, Jefferson Santos, acompanhado pelas palestrantes Nurit Bensusan, do Instituto Socioambiental, e Vanderlan Bolzani, do Biota-FAPESP. A intérprete de Libras, Thamires Alves aparece no canto superior direito da tela.
(Foto: reprodução Youtube RedesFito)

Conhecimento tradicional e científico 

Um dos pontos levantados pelos participantes foi a necessidade da convergência dos saberes gerados pelos povos originários e os conhecimentos científicos. Nesse conceito, a coordenadora adjunta do Instituto Socioambiental, Nurit Bensusan, defendeu o reconhecimento de culturas centenárias, que possuem seus próprios costumes e maneiras de lidar com as doenças.  

Já a representante do Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Recuperação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo (Biota-FAPESP), Vanderlan Bolzani, reconheceu o trabalho científico em produtos naturais de plantas medicinais, além de dar exemplos de medicamentos que mudaram a história da saúde da humanidade, como a morfina e o ácido acetilsalicílico.  

Questões essas, que conversavam com o que havia a ser dito sobre o alinhamento da transversalidade da PNPMF. Para isso, estiveram reunidos membros de oito pastas do governo federal, entre Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); Meio Ambiente (MMA); Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC); Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Educação (MEC); Cultura (MinC); Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR); e Saúde (MS). Momento em que se pode entender a cultura e a educação como pontes para a construção do programa.  

Vitarque Coelho (MIDR), Rita Silvana (MEC) durante debate sobre a transversalidade da PNPMF. Acompanhados da representante do CIBS, Juliana Barreto, e da intérprete de Libras, Thamires Alves. (Foto: reprodução Youtube RedesFito)

Também foi ressaltada a importância dos dados para mensurar e tornar mais claro os avanços e resultados sociais das pesquisas e ações. “Em dados momentos, nós observamos aumentos expressivos na criação de programas municipais, nas unidades básicas de saúde, com fitoterápicos. Passamos de 200 registrados, em 2006, para quase 600 programas, em 2012”, evidenciou a presidente da Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais (SBPM), Kalyne Leal. Ainda segundo ela, muitos desses programas foram descontinuados, com base em diversos fatores. A mudança de governo municipal e resistência dos gestores é um exemplo. A falta de controle sobre a matéria-prima, dificuldade na compra de insumos e falta de estrutura também foram citados.  

Carta aos ministérios 

O produto desse webinário constituirá um relatório, que será encaminhado ao Ministério da Saúde como a instituição que abriga o programa, a todos os ministérios relacionados a PNPMF e a todos que tiveram participação nesse webinário. “A ideia é produzir um documento amplo e denso, que será disponibilizado publicamente em um outro momento, para que possamos retomar as atividades dessa política nacional, com ainda mais base para implementar as ações”, explicou o coordenador do CIBS, Glauco Villas Bôas.  

Uma dessas atividades é a reestruturação do Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, como um meio de monitoramento e avaliação da política. A instituição foi constituída em 2008, juntamente com a implementação da política, e é o único espaço de contribuição da sociedade civil.  

Representante do CIBS, Mayara Rezende, e representante do Departamento de Assistência Farmacêutica do MS, Daniel Nunes. Na parte debaixo, a intérprete de Libras, Thamires Alves. (Foto: reprodução Youtube RedesFito)

A fitoterapia é anti-hegemônica e, por isso, somos nós que representamos o movimento. Nós que estudamos, usamos e vivemos a fitoterapia”, refletiu o representante do Departamento de Assistência Farmacêutica do MS, Daniel Nunes. Ele defendeu, ainda, a ampliação do número de membros do comitê. Atualmente, composto por cerca de 26 pessoas, ele encara como ideal a formação feita por 35 a 40 pessoas, para maior representação social. 

O relatório tem previsão de entrega para 15 dias após a finalização do webinário, que aconteceu na última quarta-feira, 31/5. 

Fiocruz e Nortec Química lançam parceria contra a doença de Chagas

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Instituições atuarão no desenvolvimento do novo método de produção do principal insumo farmacêutico para o tratamento da doença: o benznidazol

A pesquisa e desenvolvimento para o tratamento da doença de Chagas ganhará reforço. O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) e a Nortec Química assinaram termo de cooperação técnica e científica nesta sexta-feira, 2/6. A parceria público-privada atuará no aprimoramento da produção do insumo farmacêutico ativo (IFA) do benznidazol, o único medicamento utilizado no Brasil para a doença.

Para o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, “a ação desenvolvida por Farmanguinhos está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para o enfrentamento de doenças tropicais. O acordo reforça ainda o compromisso da Fiocruz com a busca de inovação e desenvolvimento de novos produtos ou processos para disponibilizar ferramentas modernas para a saúde pública”. O evento de assinatura do termo também contou com a presença do vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS) da Fiocruz, Marco Aurélio Krieger. 

Presidente da Fiocruz, Mario Moreira, durante a assinatura do acordo. (Foto: Lean Marques – Farmanguinhos/Fiocruz)

O movimento está alinhado com os esforços e recomendações da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para o aumento das ações de prevenção contra a enfermidade. Dados divulgados pela organização, em 2022, contabilizam 1,2 milhão de casos da doença no Brasil e mais de cinco milhões no mundo.“Há 123 anos, a Fiocruz promove a saúde pública, com educação, pesquisa, inovação, desenvolvimento tecnológico e produção de insumos para o SUS. Farmanguinhos faz parte dessa história, com o reconhecimento e priorização de técnicas que auxiliem no cuidado da Chagas. Parcerias como essa viabilizam o trabalho que fazemos e aumenta o acesso da população à medicamentos de qualidade”, disse o diretor de Farmanguinhos/Fiocruz, Jorge Mendonça.

Presidente da Fiocruz, Mario Moreira (terno azul), e o diretor de Farmanguinhos, Jorge Mendonça (blusa verde), em assinatura de acordo com a Nortec Química. (Foto: Lean Marques – Farmanguinhos/Fiocruz)

A doença de Chagas está presente em toda a América Latina, no sul dos Estados Unidos, na Europa, Japão e Austrália, e tem como agente o protozoário Trypanosoma cruzi. Ela se caracteriza por uma fase aguda, nem sempre identificada, que evolui para a fase crônica. Quando não tratada, pode apresentar quatro formas: indeterminada, cardíaca, digestiva e cardiodigestiva. Cada caso promove sequelas, que permanecem ao longo da vida do paciente.

O foco, então, é diminuir o tempo e a complexidade da produção do benznidazol. Para isso, a colaboração entre as instituições visa a obtenção do IFA pelo novo método sintético desenvolvido no Laboratório de Síntese de Fármacos (LASFAR) de Farmanguinhos/Fiocruz. Este processo passará por aumento de escala ao nível de bancada e piloto, por meio da parceria com o setor de pesquisa e desenvolvimento da Nortec Química.

O novo método mostrou-se vantajoso, porque apresenta menor complexidade industrial e tempo de produção. “Já testamos várias otimizações do processo e obtivemos o produto com 91% de rendimento, sem uso de catalisador e tendo água como solvente. Além da melhoria do processo, temos uma tecnologia limpa para o meio ambiente”, disse a pesquisadora e vice-diretora de Educação, Pesquisa e Inovação (VDEPI) de Farmanguinhos/Fiocruz, Núbia Boechat. Ainda, segundo ela, o processo possui menor custo do que o já produzido no Brasil.

A vice-diretora de Educação, Pesquisa e Inovação (VDEPI) de Farmanguinhos, Núbia Boechat, durante cerimônia de assinatura. (Foto: Lean Marques – Farmanguinhos/Fiocruz)

O IFA é a primeira etapa fabril para a obtenção de um medicamento. Ao término da parceria com a Nortec química, Farmanguinhos/Fiocruz ainda executará mais quatro etapas para que medicamento possa chegar às mãos dos brasileiros que sofrem com a doença de Chagas, sendo elas: a obtenção de uma pré-formulação farmacêutica estável; validação do processo produtivo do medicamento em escala comercial; realização de estudos de estabilidade e biodisponibilidade no medicamento; e solicitação do registro do medicamento junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Após a aprovação pelo órgão regulatório, o Instituto poderá fabricar o produto.

Tecnologia Nacional

CEO da Nortec Química, Marcelo Mansur destaca a importância dos avanços tecnológicos na produção do benznidazol. “Quando evoluímos o processo, como em breve ocorrerá com o benznidazol, abrimos a oportunidade para a melhoria na fabricação, não apenas em quantidade, mas em qualidade em todas as etapas. Estamos ainda em fases de estudo, mas, sem dúvidas, isso é algo que deve impactar o sistema de saúde brasileiro nos próximos anos. Além disso, temos o investimento em uma tecnologia nacional, desenvolvida em parceria com a Fiocruz, uma instituição de extrema importância para o país com a qual já temos uma colaboração mútua de longa data”, detalha.

Parceiras desde 1980, Fiocruz e Nortec desenvolvem tecnologias em conjunto, compartilhando pesquisas e ações em prol da saúde dos brasileiros.

Representantes da Nortec Química, Marcelo Mansur e Marcus Soalheiro. (Foto: Lean Marques – Farmanguinhos/Fiocruz)

 Sobre a Nortec Química     

A Nortec Química é a maior fabricante de IFAs da América Latina, investindo em Tecnologia, Pesquisa e Desenvolvimento e Inovação em seus processos. A Companhia é a única produtora de benznidazol no Brasil, IFA utilizado no tratamento da doença de Chagas, e é a maior produtora de antirretrovirais do ocidente. A relevância da Nortec Química no cenário mundial permanece com o aumento da capacidade produtiva e na atuação em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) com o projeto de instalação da Primeira Planta para Drogas de Alta Potência, contribuindo com soluções tecnológicas para a melhoria do bem-estar, da vida e da saúde das pessoas. A empresa foi fundada na década de 80 em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.   

 

Farmanguinhos disponibiliza videoaulas sobre a indústria farmacêutica

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Material pode ser encontrado, gratuitamente, em plataforma de recursos educacionais da Fiocruz, o Educare

Em conteúdo inédito e totalmente on-line, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) aborda etapas que vão do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) ao medicamento, em videoaulas que acontecem dentro de ambiente industrial.  Pensadas pela vice-diretoria de Educação, Pesquisa e Inovação (VDEPI) do Instituto, as aulas são gratuitas e podem ser encontradas na plataforma digital de recursos educacionais abertos da Fiocruz.

Alessandra Lifsitch Viçosa em representação de videoaula disponibilizado no Educare. (Imagem: divulgação)

“Abordamos um panorama de produção farmacêutica, em ambientes reais, que vão da bancada até a escala industrial. Essa é uma oportunidade de corroborar, com ações educacionais, a proposta de fortalecimento do Complexo Econômico Industrial da Saúde (CEIS)”, explica a tecnologista e líder do Laboratório de Farmacotécnica Experimental (LabFe), Alessandra Lifsitch Viçosa.

Direcionado para indivíduos em formação e que pretendem atuar na área farmacêutica, o material passa pelo processo industrial, desde o desenvolvimento galênico até o escalonamento. São exemplificadas, também, as dimensões tomadas pela pesquisa e desenvolvimento envolvidos na formulação de um medicamento, além de uma visão da produção farmacêutica nacional.

Acesse o Educare AQUI

Hepatite C: Farmanguinhos firma parceria para tratamento da doença 

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Transferência tecnológica do medicamento Daclatasvir será feita com o apoio da Blanver Farmoquímica e Farmacêutica S/A 

 Um passo importante para o tratamento da Hepatite C, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) assinou nova parceria para transferência tecnológica do medicamento Daclatasvir. A formalização aconteceu no dia 2/5 e permite ampliar o acesso ao medicamento considerado estratégico para o Sistema Único de Saúde (SUS).  

Segundo o número especial do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, divulgado em junho de 2022, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 718.651 casos confirmados de hepatites virais no Brasil entre 2000 e 2021. Destes, 279.872 (38,9%) são referentes a diagnósticos de hepatite C. No mesmo boletim, são apresentados dados referentes ao coeficiente de mortalidade causado pela doença:

Gráfico referente ao coeficiente de mortalidade por hepatite C (por 100.000 hab.) segundo sexo (M:F), razão de sexos e ano do óbito. Brasil, 2010 a 2020, disponibilizado no Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais de 2022, pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, página 24.

O Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, você confere AQUI

Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que o tratamento da hepatite C esteja disponível para todos os indivíduos com diagnóstico de infecção pelo vírus da hepatite viral C (HCV), independentemente do estágio da doença, utilizando preferencialmente medicamentos classificados como pangenotípicos, que é o caso do tratamento com sofosbuvir + daclatasvir. “Farmanguinhos já possui o registro na Anvisa do medicamento sofosbuvir, também fruto de uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo, e agora parte para a complementação do tratamento, com o daclatasvir. Essas duas parcerias apoiam o Complexo Econômico Industrial da Saúde e a independência nacional no tratamento da hepatite”, explica a coordenadora de Desenvolvimento Tecnológico, Alessandra Esteves. 

Para isso, Farmanguinhos fará a absorção da tecnologia oferecida pela Blanver S.A, que será responsável por compartilhar informações e prestar assistência técnica ao Instituto, além de fornecer o medicamento ao longo do processo. Essa cooperação chegará às instalações fabris, de produção, controle e garantia da qualidade do Daclatasvir, para o alcance da autonomia tecnológica e o desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional na área da saúde. 

Na foto, da esquerda para a direita, posam Alessandra Esteves e Jorge Mendonça. (Foto: Lean Marques – Farmanguinhos/Fiocruz)

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 

A parceria auxilia na contribuição de Farmanguinhos com os objetivos da Organização Mundial de Saúde (OMS). Isso porque a eliminação das hepatites virais está baseada nas metas globais estabelecidas pela instituição e é consonante com a Agenda 2030 para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). São elas, a redução das novas infecções em 90% e da mortalidade atribuível às hepatites em 65%.  

Ainda segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, é necessário realizar o diagnóstico de 90% dos casos, bem como o tratamento de 80%, a fim de conquistar esses objetivos. “A disponibilização dessa opção de tratamento fortalece o CEIS e traz mais uma alternativa eficaz para o tratamento da hepatite C para o SUS”, disse o diretor da unidade, Jorge Mendonça. 

Farmanguinhos celebra parceria com evento referente ao Maio Roxo

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Com apoio da Associação do Leste Mineiro de Doenças Inflamatórias Intestinais, Instituto trocará conhecimento com pacientes

Maio é o mês de conscientização sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs). Pensando nisso, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) realizará programação especial que abordará a parceria entre a associação de pacientes como meio para construção de conhecimento em fármacos e medicamentos. O evento acontecerá no dia 29/5, das 9h às 16h, no campus Manguinhos, e entregará certificados gratuitos aos participantes.

“Nosso evento tem o objetivo de unir esforços e trocar experiências. Tanto os pesquisadores terão mais noção do dia a dia dos pacientes e de suas reais demandas, como os pacientes entenderão como os processos de pesquisa acontecem. Eles poderão, inclusive, contribuir como autores intelectuais de projetos de intervenção”, disse a chefe do departamento de Educação de Farmanguinhos, Mariana Conceição.

Coordenado pela vice-diretoria de Educação, Pesquisa e Inovação (VDEPI), em parceria com a Associação do Leste Mineiro de Doenças Inflamatórias Intestinais (ALEMDII), o encontro será dividido em dois turnos. Pela manhã, das 9h às 11h30, interessados encontrarão atividades no estacionamento de Farmanguinhos, dentro do campus Manguinhos. Lá, acontecerá uma ação popular de conscientização sobre doenças inflamatórias intestinais, além de uma exposição de fotos com o tema “Cicatrizes do Invisível”.

Já na parte da tarde, das 13h às 16h, o evento acontece em formato híbrido a fim de ampliar seu alcance. Assim, pesquisadores e membros da sociedade civil poderão acompanhar palestras diversas sobre o tema pelo canal do Youtube (https://www.youtube.com/@FarmanguinhosFiocruzOficial/) ou no auditório da VDEPI, também no campus Manguinhos.

Entre as apresentações estará a formalização da parceria entre Farmanguinhos e ALEMDII, que fará um estudo com os pacientes para o entendimento de novos métodos de tratamento. “A academia tem como missão principal a geração de conhecimento. Então, é importante lembrar que a sociedade e, nesse caso, os pacientes de doenças inflamatórias intestinais, também têm muito conhecimento e vivência sobre a doença”, acrescentou Mariana.

Confira os horários e assuntos das palestras:

13h30 – Apresentação e formalização da parceria Farmanguinhos e ALEMDII

14h – “Doenças Inflamatórias Intestinais e o papel da Associação de Pacientes”, com a doutoranda do programa de Farmanguinhos, Alessandra Souza

14h30 – “Incorporação de medicamentos no SUS”, com a fundadora e presidente da ALEMDII, Julia Assis

15h30 – Debate com os palestrantes 

Maio Roxo

Maio foi escolhido como o mês de conscientização sobre as DIIs por ser, também, o mês em que ocorre o Dia Mundial das Doenças Inflamatórias Intestinais – doença de Crohn e retocolite ulcerativa. Comemorado no dia 19, tem o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a melhoria na qualidade de vida dos pacientes que sofrem dessas doenças.

Segundo a Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde, cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com alguma Doença Inflamatória Intestinal (DII). Essas são doenças crônicas, que podem acometer indivíduos de todas as idades, tendo um pico em adultos jovens e após outro pico em idosos, causando desconforto abdominal, sensação de barriga estufada, cólicas, alternância entre períodos de diarreia e de prisão de ventre, flatulência exagerada, sensação de esvaziamento incompleto do intestino, além de outros sintomas. 

 

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