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31ª Reunião Anual de Iniciação Científica de Farmanguinhos acontecerá a partir do dia 22/5

A 31ª Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC), direcionada aos alunos do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), já está com data marcada. O programa, que faz parte do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPq, acontece em todas as Unidades de Pesquisa da Fiocruz, para avaliar o desempenho do programa nas instituições.

As reuniões começaram já nesta segunda-feira, 8/5, mas os alunos de Farmanguinhos só iniciarão suas apresentações no dia 22. “Esse é um momento de extrema relevância para os alunos que desenvolvem seus projetos científicos e está ligado a questão acadêmica abarcada por Farmanguinhos que, atualmente, desenvolve um trabalho de excelência na pós-graduação da Fiocruz, especificamente em sua área de especialização: fármacos”, diz o coordenador do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) em Farmanguinhos, Dr. Luiz Pimentel.

Além dos alunos de PIBIC/PIBITI, os quais são obrigados a participar do evento, a Vice-diretoria de Educação, Pesquisa e Inovação também permite que alunos de outras bolsas de fomento participem do processo. Aqueles que são contemplados pela bolsa da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), por exemplo, participam como voluntários e, ao final da RAIC, recebem certificado emitido pela Fiocruz de participação para complementar seu currículo e sua formação profissional.

Para o diretor da unidade, Jorge Mendonça, a formação desses alunos contribui de maneira crítica para a pesquisa e inovação, contemplando o Sistema Único de Saúde e o Complexo Econômico Industrial da Saúde. “O Instituto deve ser considerado para além da fabricação de medicamentos e o desenvolvimento de novas tecnologias. Estamos provocando o retorno desses jovens, que participam de iniciações científicas e capacitações, aos nossos programas de pós-graduação. E, assim, estamos produzindo conhecimento e melhorias para a saúde brasileira”, afirma.

Confira a programação:

Ano acadêmico começa com parceria entre Farmanguinhos e Bio-manguinhos

O ano acadêmico iniciou de forma inédita. Na última quarta-feira (22/3), duas unidades produtivas da Fiocruz, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) e o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), uniram seus alunos de pós-graduação stricto e lato sensu para aula de abertura com o tema “Ações educacionais como forma de fortalecimento do Complexo Econômico da Saúde”. O evento aconteceu no auditório do Centro Administrativo Vinicius Fonseca, em Manguinhos, com transmissão pelo YouTube, e a convidada para falar sobre o assunto foi a diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Meiruze Souza Freitas.

Estiveram presentes para a composição da mesa de abertura, o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS) da Fiocruz, Marco Aurelio Krieger; a coordenadora-geral adjunta de Educação da vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), Cristina Guilam; a vice-diretora de Qualidade (VQUAL) de Bio-manguinhos, Rosane Cuber; o diretor de Farmanguinhos, Jorge Mendonça; e a vice-diretora de Educação, Pesquisa e Inovação (VDEPI) de Farmanguinhos, Núbia Boechat.

Na oportunidade, o diretor de Farmanguinhos refletiu sobre a importância dos alunos nesse momento. “Eles chegam bem novos, por iniciações científicas e capacitações, e saem como profissionais e cidadãos melhores. Essa é mais uma contribuição direta que fazemos, enquanto Institutos tecnológicos da Fiocruz, para além de medicamentos e vacinas. Nós geramos pesquisa, inovação e desenvolvimento tecnológico, capacitação e disseminação de conhecimento, formando alunos que contribuem de maneira crítica com as pesquisas e inovação para o SUS, para o Complexo Econômico Industrial da Saúde e para o mercado”, disse Jorge Mendonça.

Foto: Alexandre Matos

A coordenadora da área de Educação de Farmanguinhos, Mariana Souza, foi uma das idealizadoras do evento. Para ela, essa integração entre os dois Institutos é de grande valor. Estamos em um momento histórico que tem o objetivo de fortalecer a indústria para insumos em saúde. Para isso, temos que ter trabalhadores preparados. A Fiocruz é conhecida, nacional e internacionalmente, pelas ações educacionais para a Atenção Básica. Cabe a nós, agora, fortalecê-las para o Complexo Econômico da Saúde”, declarou.

Os benefícios de eventos como este também foram apontados pela coordenadora-geral adjunta de Educação da VPEIC, Cristina Guilam. Ela aproveitou para saudar a iniciativa de Bio-manguinhos de internacionalizar o seu Mestrado profissional e estendeu o cumprimento à Farmanguinhos pelo Doutorado profissional, uma novidade da instituição, com um dos poucos programas aprovados pela Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (Capes).

A valorização da educação resultou em uma aula acerca dos processos de centros regulatórios. Além de falar sobre as áreas de atuação, Meiruze discorreu a respeito da força de trabalho dentro da instituição e como ela se compara ao cenário regulatório internacional. “Nós vimos a necessidade de dialogar e trocar informações, assim favorecendo diretamente o controle dos produtos no país, a melhoria regulatória e a retirada de requisitos que não agregam ao processo. Isso agiliza a entrada de tecnologias”, esclareceu. Também foi abordado o processo de avaliação de medicamentos, etapas de desenvolvimento de vacinas e leis sanitárias.

Foto: Alexandre Matos

A união e o diálogo foram exaltados por Rosana Cuber, vice-diretora de Qualidade de Bio-manguinhos. Isso porque, segundo ela, esta foi uma qualidade que Bio-manguinhos e Farmanguinhos encontraram na Anvisa, principalmente, durante a pandemia da covid-19. À época, a parceria foi de grande valia para produção da vacina AstraZeneca, reforçando uma característica observada pelas instituições desde a montagem dos kits de diagnóstico de HIV/aids.

A relação é estreitada quando há conhecimento sobre as áreas de atuação de cada um. Por isso, Núbia Boechat utilizou alguns minutos da aula para uma apresentação rápida sobre o que é desenvolvido no campo da pesquisa em Farmanguinhos. Entre números e processos, ela destacou os bolsistas como parte importante da força de trabalho do Instituto. “Nosso grande diferencial é poder elaborar esses estudos dentro de uma indústria, algo muito rico e que contribui muito para o conhecimento”, disse.

O encontro foi celebrado por Marco Aurelio Krieger. “Nós temos a união de um processo e integração de atividades acadêmicas. Estamos celebrando duas unidades que tem uma responsabilidade muito grande com o Complexo Econômico Industrial da Saúde e que têm dado uma contribuição inovadora para a área educacional”, refletiu.

Foto: Alexandre Matos

A aula na íntegra, você confere AQUI

Revista Fitos completa 17 anos

O periódico científico de Farmanguinhos oferece informações sobre plantas medicinais sem custo para autores e usuários que consultam a plataforma

A Revista Fitos completa 17 anos de trajetória de pensamento crítico e inovação em biodiversidade e saúde. Editado pelo Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde (CIBS) de Farmanguinhos/Fiocruz, o periódico científico oferece informações sobre plantas medicinais gratuitamente para autores e usuários que consultam a plataforma.

A publicação tem como missão divulgar trabalhos científicos originais e inéditos que contribuam para o pensamento analítico em pesquisa, desenvolvimento e inovação em biodiversidade e saúde. O objetivo é promover a inter e a transdisciplinaridade das áreas do conhecimento (saúde, humanas e tecnológicas) necessárias para ampliar a compreensão das complexas interrelações entre biodiversidade e saúde humana, a fim de fortalecer a colaboração, entre os setores, no cumprimento dos compromissos globais do desenvolvimento sustentável, comprometidos com a conservação dos recursos naturais e redução das desigualdades sociais.

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Transformação digital na área de saúde

Organizado no âmbito da parceria com a Universidade NOVA de Lisboa, o curso apresenta uma nova perspectiva de desenvolvimento digital voltado para a sociedade

Na semana passada, Farmanguinhos promoveu o curso Saúde Digital – Construindo sistemas de informação centrados no ser humano: o Design como meio de convergência para inovação em saúde. A capacitação foi realizada no âmbito da parceria entre Farmanguinhos e a Universidade NOVA de Lisboa, coordenada pelo servidor Jorge Magalhães, com fomento da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC), por meio da Chamada Interna de cursos internacionais de curta duração.

Com carga horária de 40 horas, as aulas foram ministradas pela especialista Cláudia Alexandra Pernencar, da instituição portuguesa. Designer e doutora em mídias digitais, a especialista explicou que tem trabalhado a transformação digital, abordando alguns procedimentos que impactam no usuário final, ou seja, o paciente.

“Com a pandemia, centramos muito esse trabalho de saúde digital no paciente. Isso é normal, porque a pandemia despertou este caminho. Mas, efetivamente, há muito trabalho paralelo, com pesquisadores de bancada, em pesquisa translacional, cujos processos ainda em papéis podem e devem mudar. Portanto, o objetivo é que os pesquisadores olhem para a saúde digital, principalmente sistemas e aplicativos, de modo a inovar também em seus processos de trabalho”, observou.

De acordo com a professora, é importante que alunos percebam o panorama geral da saúde digital, e o que podem fazer dentro desta área. Trata-se de uma turma multidisciplinar, composta por 25 profissionais de diferentes unidades da Fiocruz e diferentes áreas de atuação.

Um desses alunos é Antonio Fernando Golinelli, analista do Departamento de Tecnologia da Informação de Far (DETI). O que despertou o interesse dele para o curso foi a importância de criar um sistema a partir do contexto em que o ser humano está inserido.

“As aulas atingiram as expectativas. A professora, Drª Cláudia Pernencar, apresentou estudos de caso, metodologias  projetos tendo o ser humano como chave para um sistema bem desenvolvido, seja ele o próprio usuário ou a equipe de profissionais envolvida no projeto. Posso usar as metodologias propostas no curso para desenvolver sistemas com foco na experiência do ser humano, como pesquisa de perfil de usuário, a jornada do usuário no processo atual, pesquisa etnográfica e observação sombra, por exemplo”, ressalta Golinelli.

O curso terminou, mas a ideia é analisar a possibilidade de promover nova edição. “Aplicamos exercícios diários a fim de fazermos uma avaliação contínua. É desafiador por se tratar de uma turma multidisciplinar. Mas vamos aferir os resultados e avaliar se organizamos nova turma no ano que vem”, frisou Cláudia Pernencar.

O coordenador do projeto, Jorge Magalhães, concorda em estimular esse tipo de iniciativa. “A tecnologia da transformação digital que vivemos, ela não influencia apenas a vida individual de cada pessoa, como também interfere diretamente nos processos das organizações e indústrias. Portanto, estarmos abertos em mudar a mentalidade das instituições, no sentido de tornar os processos mais céleres e confiáveis com a tecnologia digital, permite que elas estejam em sintonia com as tendências mundiais”, destacou.

Próxima palestra do Centro de Estudos (07/12)

Evento abordará Fundamentos de Reologia e aplicações em impressão 3D. Clique na imagem para assistir pelo Youtube de Farmanguinhos

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