Autor: Tatiane Sandes (Página 13 de 26)
Eleito um dos cientistas mais influentes do mundo, Marcus Vinicius Nora de Souza acaba de lançar livro em inglês baseado em exercícios que ensinam a construir os diferentes tipos de fármacos
O pesquisador de Farmanguinhos Marcus Nora, eleito recentemente com um dos cientistas mais influentes do mundo pelo Journal Plos Biology, a partir de um estudo conduzido pela Universidade de Stanford, lança o livro “Exercises in Organic Synthesis Based on Synthetic Drugs” pela editora Bentham Books.

A obra é composta por uma série de exercícios que ensinam, de maneira racional e metódica, como construir os diferentes tipos de fármacos, utilizados para os mais variados tipos de doenças. Dividido em tópicos e com exercícios de distintos graus de dificuldade, a publicação possibilitará ao leitor um melhor domínio da Síntese Orgânica, ramo da química essencial na obtenção e na produção de fármacos, que são a principal substância dos medicamentos, responsável pelo efeito terapêutico.
Segundo Marcus Nora, a proposta do livro é ampliar a discussão e o acesso a essa temática, já que são poucas as obras que abordam o assunto, principalmente no Brasil. Além disso, a intenção também foi buscar divulgar e motivar os alunos a se interessarem pela área da Síntese Orgânica.
“A ideia de escrevê-lo surgiu da vontade de contribuir para esse tema e poder alcançar estudantes e profissionais do Brasil e de outros países. Por esse motivo a obra foi elaborada em inglês, pois a grande maioria da literatura científica é produzida nesse idioma e isso facilita a propagação do conteúdo”, explica.
Sobre o autor – Marcus Vinicius Nora de Souza desenvolve pesquisas na área de Química Medicinal e lidera o Laboratório de Síntese de Substâncias de Combate a Doenças Tropicais de Farmanguinhos, onde elabora estudos sobre Tuberculose, Malária, Leishmaniose e Doença de Chagas, além de processos sintéticos baseados em química verde. Este é o terceiro livro do autor, que já escreveu uma obra em português sobre a Síntese Orgânica e outra em inglês, sobre Tuberculose.
O Documento foi elaborado com base no modelo de relato integrado, de modo a apresentar os resultados da unidade e seus impactos para a sociedade nesse período
A Diretoria de Farmanguinhos disponibiliza o Relatório de Atividades do Instituto referente ao triênio 2017-2019. Coordenado pela Assessoria de Gestão Estratégica, e editado pelo Centro de Comunicação, o Documento foi elaborado com base no modelo de relato integrado, de modo a apresentar os resultados da unidade e seus impactos para a sociedade.
Neste sentido, a publicação apresenta as principais realizações da unidade nesse período. Apresenta ainda as atividades desempenhadas para alcançar tais conquistas, além de gráficos e tabelas explicativas, a fim de facilitar o entendimento das informações e, com isso, dar transparência à gestão dos recursos públicos empregados na instituição.
Clique aqui e confira o Documento.
O Instituto forneceu cerca de 400 milhões de unidades farmacêuticas de medicamentos estratégicos para o SUS ao longo do ano
Neste ano desafiador, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) ratificou a importância da atuação de mais de 40 anos voltados para a saúde pública brasileira. A instituição forneceu 398.331.930 unidades farmacêuticas, realizou novas alianças internacionais e concluiu importantes etapas das Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP) para a inclusão de novos medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS).
Desde março de 2020, quando foi iniciado o Plano de Contingência em Farmanguinhos, o Instituto não mediu esforços para atender as demandas do Ministério da Saúde e produziu 14 medicamentos de diferentes classes terapêuticas, dentre as quais, antimaláricos, antirretrovirais, antiparkinsoniano, imunossupressor, antivirais, tuberculostático, e outros considerados essenciais para a manutenção da vida de milhares de pacientes.

Durante o ano, o Instituto produziu 14 medicamentos de diferentes classes terapêuticas
Neste período, foi iniciada a produção do primeiro medicamento genérico do país para pacientes com infecção crônica do fígado, causada pelo vírus da hepatite B (VHB), o Entecavir 0,5 mg. Este antiviral é resultado de uma cooperação com a Fundação Ezequiel Dias (Funed), realizada em 2019, que define Farmanguinhos como local de fabricação e a Funed pelo fornecimento. O Instituto já enviou os primeiros lotes, com mais de 670 mil comprimidos revestidos. No total, até o final de 2020, serão entregues 5,95 milhões de unidades farmacêuticas.
Farmanguinhos concluiu ainda a fabricação dos lotes-piloto de mais um antirretroviral internalizado, o Atazanavir, para fins de inclusão da unidade como local de fabricação deste importante medicamento. A produção pública foi viabilizada por uma PDP entre o Instituto e o laboratório americano Bristol Myers Squibb. Com isso, o Instituto poderá executar todo o processo produtivo no CTM. Para se ter uma ideia da relevância que a produção pública representa, a demanda para este ano é de mais de 33 milhões de unidades farmacêuticas.
Antivirais para a Covid-19 – Além de produzir medicamentos para pacientes incluídos no grupo de risco, Farmanguinhos contribuiu diretamente para enfrentamento da pandemia de Covid-19, com a produção do antiviral Oseltamivir, para ajudar no tratamento de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave ou com Síndrome Gripal em condições de risco para complicações. O medicamento tem sido fabricado nas concentrações 75mg e 45mg para serem disponibilizadas nas campanhas de Influenza A do Ministério da Saúde. O Instituto desenvolveu ainda a concentração 30 mg a fim de estender o alcance da terapia para o público pediátrico.
Segundo o diretor Jorge Mendonça, a produção nacional torna estes medicamentos mais acessíveis aos pacientes assistidos pelo SUS.
“Desta forma, atuamos no fortalecimento do complexo industrial da saúde e desenvolvemos e internalizamos tecnologias no país. Com isso, mais uma vez, o Instituto reitera a sua eficiência técnica e o seu compromisso com a qualidade e com a saúde pública em âmbito nacional, sempre atuando em promoção da qualidade de vida e do abastecimento do SUS”, assinala Jorge Mendonça.

Total de medicamentos (por classe terapêutica) fornecidos pelo Instituto até 30/10/2020.
(Fonte: Núcleo de Assistência Farmacêutica de Farmanguinhos)
Projeto de Farmanguinhos, aprovado em Programa da ANEEL, prevê melhorias no sistema de refrigeração e a substituição do conjunto de iluminação por tecnologia LED no Complexo Tecnológico de Medicamentos
O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), em conjunto com a Coordenação-Geral de Infraestrutura dos Campi (Cogic), participou da 6º Chamada Pública do Programa de Eficiência Energética da ANEEL / Light – (PEE), que seleciona iniciativas de eficiência energética em prol da sociedade, apoiando-se na viabilidade econômica e no uso racional de equipamentos, processos e fontes de energia. Dentre 48 propostas, a Unidade obteve a 6º colocação, sendo contemplada com investimentos na ordem de R$ 4 milhões que visam revitalizar a central de água gelada, instalar um novo conjunto de automação e implementar a iluminação de LED no Complexo de Tecnológico de Medicamentos . As obras, que começarão dezembro, devem ser concluídas até o final de 2021.
O trabalho, liderado pelo servidor Jorge Camanho, conta uma equipe multidisciplinar composta por colaboradores dos Departamentos de Manutenção, Projetos Industriais, Projetos e Obras e do Centro de Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental, e consiste na instalação de dois novos Chillers Tri-Rotor, quatro novas torres de resfriamento, um novo pipe rack para levar o fornecimento da Central de Água Gelada (CAG) até os almoxarifados do Prédio 10 e 70, um novo conjunto de automação e a instalação de iluminação de tecnologia LED em todo os prédios do campus.
Tal proposta trará maior confiabilidade e capacidade no sistema de refrigeração, maior eficiência no uso da energia elétrica e menor custo de operação, com o encerramento de contratos de locação de equipamentos e flexibilidade no uso dos maquinários conforme a demanda por refrigeração. Além dos benefícios diretos, o sistema também reduzirá o valor da produção de medicamentos.
“É uma necessidade antiga esta revitalização da CAG, a qual já deveria ser executada e sempre era postergada devido prioridades no orçamento. A CPP foi primordial para que conseguíssemos viabilizar o projeto de revitalização, garantindo mais confiabilidade nos equipamentos , nas operações e na produção de medicamentos. Aliado a isto, ainda existe a redução do custo de energia elétrica e de contratos de locação e o uso de equipamentos mais eficientes gerando a conservação dos recursos não renováveis. Este projeto também viabilizará os demais projetos de expansão da área produtiva”, destaca Camanho.






