Os visitantes conheceram os campos de prática da Residência Multiprofissional da unidade, inédita na indústria farmacêutica pública do Brasil voltada para as demandas do SUS
A partir da esquerda: Silvana Rossi, Eduardo Sousa, Claudia Coelho, Maria Pessanha, Flavio Rezende e Adriana Coser (Foto: Alexandre Matos)
O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) recebeu a Coordenação Adjunta de Residências em Saúde da Fiocruz. Trata-se da primeira visita técnica voltada para a apresentação dos campos de prática dos residentes na unidade e apoio para o caso de uma provável visita do Ministério da Educação, em data a ser definida.
O coordenador da Residência Multiprofissional em Tecnologias Aplicadas à Indústria Farmacêutica (ResidTAIF) de Farmanguinhos, Eduardo Sousa, acompanhou a comitiva, composta pela coordenadora adjunta das Residências, Adriana Coser Gutiérrez, e sua equipe: Carmen Pagotto, Maria Alice Pessanha de Carvalho, Silvana Solange Rossi e Flavio Astolpho Vieira Souto Rezende.
No Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM), o grupo foi recepcionado pelo diretor Jorge, pela chefe de Gabinete, Vânia Buchmuller, pela Vice-diretora de Operações e Produção, Elda Falqueto, pela coordenadora de Desenvolvimento Tecnológico (CDT), Alessandra Esteves, e pelo vice-diretor de Gestão da Qualidade (VDGQ), Rodrigo Fonseca.
Rodrigo Fonseca (dir) apresentou aos visitantes as áreas vinculadas à Vice-diretoria de Gestão da Qualidade (Foto: Alexandre Matos)
Segundo Eduardo Sousa, a visita teve como objetivo conhecer os campos de prática dos residentes nas unidades da Fundação que implantaram novos cursos de Residência. No caso de Farmanguinhos, os visitantes conheceram as instalações da VDGQ, VDOP e da CDT.
“Esta visita foi de extrema importância para o nosso curso, já que um dos objetivos da Coordenação Adjunta de Residências da Fiocruz é apoiar todos os cursos de Residência da Fundação, principalmente aqueles mais recentes. Os visitantes ficaram bastante impressionados com as nossas instalações e ressaltaram a oportunidade ímpar dos residentes em fazer parte da única residência em uma indústria farmacêutica pública no Brasil, com foco no atendimento às demandas da população e do SUS (Sistema Único de Saúde)”, frisa o coordenador.
Durante a visita, a Coordenação conversou com a atual turma de residentes, além de preceptores e tutores do curso (Foto: Alexandre Matos)
De acordo com Eduardo Sousa, é de praxe que o Ministério da Educação visite as instituições periodicamente, seja para autorização dos cursos, recredenciamento ou apenas monitoramento. “Essas visitas devem voltar a ser mais frequentes. O ideal é estarmos sempre preparados para evitar descredenciamento do curso” observa Sousa.
No período da manhã, os visitantes participaram de uma apresentação do curso e das metodologias utilizadas em parceria com o curso de Especialização de Tecnologias Industriais Farmacêuticas. À tarde, a delegação conheceu cada área onde os residentes exercem atividades. O vice-diretor Rodrigo Fonseca explicou o funcionamento de cada setor ligado à VDGQ. Na Produção, a coordenadora Claudia Alves Coelho guiou os visitantes por cada etapa do processo produtivo. Na CDT, Thiago Costa apresentou as atividades desenvolvidas pelo Laboratório de Tecnologia Farmacêutica (LTF), e o colaborador Marcos Moitrel recebeu os visitantes no Laboratório de Estudos do Estados Sólido (LEES). Além do tour pelas instalações da unidade, o grupo também conversou com residentes, preceptores e tutores do curso.
Os visitantes conheceram o LTF (foto) e o LEES, onde puderam saber mais sobre os processos de trabalho desses dois laboratórios da CDT.Na Produção, os visitantes conheceram todo o fluxo produtivo de um medicamento (Foto: Alexandre Matos)Na Produção, os visitantes conheceram todo o fluxo produtivo de um medicamento (Foto: Alexandre Matos)
Acordo de transferência tecnológica também engloba pesquisas com o medicamento para outras infecções virais como dengue e Chikungunya
O acordo será regido pela Lei de Inovação Brasileira (Lei 10.973/2004) que incentiva a colaboração entre entidades públicas e privadas para projetos colaborativos voltados ao fomento do desenvolvimento científico e tecnológico nacional, qualificação, pesquisa e inovação (Foto: Rogério Resende)
A Fiocruz, por meio de seu Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), e a farmacêutica americana MSD (Merck Sharp & Dohme) assinaram na terça-feira (3/5) um acordo de cooperação tecnológica para a produção de molnupiravir, primeiro antiviral oral para o tratamento da Covid-19, no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) concedeu na tarde de quarta-feira (4/5) autorização de uso emergencial do medicamento no país.
Por meio do acordo, a Fiocruz passará a ser responsável pela armazenagem, administração, rotulagem, embalagem, testagem, liberação, importação e fornecimento do medicamento molnupiravir para o Sistema Única de Saúde. O acordo prevê ainda a condução de ensaios clínicos, em parceria com a farmacêutica, para eventual uso em profilaxia de Covid-19, e o início de estudos experimentais de análise da atividade do medicamento em outros vírus também endêmicos no Brasil, como dengue e chikungunya.
“A Fiocruz sempre esteve na vanguarda em tratamentos para diversos tipos de doenças. Além do avanço da vacinação de Covid-19 no país, podermos agora contar adicionalmente com um medicamento que contribui para a redução o número de pacientes com Covid-19 leve a moderado que progridem para doença grave, que certamente terá um forte impacto positivo no SUS e no enfrentamento à pandemia”, comenta a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.
O pedido de uso emergencial do fármaco, protocolado pela MSD em novembro do ano passado, foi deferido Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta quarta (4). Além do Brasil, o medicamento já recebeu aprovação condicional pela MHRA (Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde), no Reino Unido, e pela EMA (Agência Regulatória Europeia), e aprovação do uso emergencial pelo FDA (EUA) e está em uso em 17 países.
“Estamos felizes de darmos este primeiro passo para garantir o acesso à população brasileira a um medicamento eficiente que reduz significativamente as hospitalizações e 89% de redução da mortalidade”, comenta Hugo Nisenbom, presidente da MSD no Brasil que complementa: Estamos conversando desde o início de 2021 com a Fiocruz sobre esta parceria. Agora, daremos seguimento para que a fundação possa atender à demanda do Ministério da Saúde o mais rápido possível”.
Sobre a transferência da tecnologia para produção 100% nacional do medicamento, as instituições já definiram as premissas para viabilizar este processo e permanecerão em diálogo, ao longo dos próximos dois anos de parceria, para avaliar as condições técnicas e demanda do próprio Sistema de Saúde frente aos resultados dos estudos experimentais e clínicos a serem realizados. O diretor de Farmanguinhos, Jorge Mendonça, celebrou o resultado do longo processo de elaboração do acordo. Ele destacou que as negociações resultaram num projeto de grande potencial em relação também ao tratamento de outras enfermidades. “Faz mais de um ano que a gente vem conversando com a MSD e acompanhando toda a evolução dos testes e dos resultados, na torcida, porque tínhamos uma pandemia e toda uma população para tratar. Acho que chegamos num documento bastante robusto, não só no sentido de trazer mais uma ferramenta de combate à Covid-19, mas também de internalização do produto e de utilização dele para outras doenças importantes para o SUS”, avaliou.
Caberá à MSD monitorar e acompanhar, em conjunto com Farmanguinhos, o desenvolvimento das atividades para a transferência parcial de tecnologia, prestando assistência em todo o processo. O acordo será regido pela Lei de Inovação Brasileira (Lei 10.973/2004) que incentiva a colaboração entre entidades públicas e privadas para projetos colaborativos voltados ao fomento do desenvolvimento científico e tecnológico nacional, qualificação, pesquisa e inovação.
Indicação do medicamento – Segundo a autorização de uso emergencial concedida pela Anvisa, o monulpiravir será indicado para o tratamento de pacientes de Covid-19 maiores de 18 anos que não necessitam de oxigênio suplementar e apresentam risco de evolução para a forma grave da doença. O medicamento necessitará de prescrição médica e não deverá ser utilizado por mulheres grávidas.
Em reunião da Diretoria Colegiada da Anvisa, realizada nesta quarta-feira (4/5), a diretora Meiruze Freitas destacou que a vacinação ainda é a melhor forma de prevenção contra a Covid-19 e ressaltou que o monulpiravir não deve ser entendido como um substituto das vacinas.
Em nota da Anvisa, o diretor-presidente da Agência, Antônio Barra Torres, que o monulpiravir, nesse momento, deve ser encarado como mais uma alternativa no tratamento para reduzir o número de mortes. “Este é um medicamento de aplicação bastante específica, que demandará monitorização constante e que, portanto, não se trata de nenhuma panaceia de uso amplo e irrestrito no caso da pandemia de Covid-19, onde a vacina se impõe como carro-chefe”, afirmou o diretor em nota.
Entenda os resultados de Fase 3 de Molnupiravir – Os resultados do estudo clínico global de fase 3 (multicêntrico, randomizado, duplo-cego e controlado por placebo) mostraram que o medicamento foi capaz de reduzir em 89% o risco de morte por Covid-19 quando comparado ao placebo, com eficácia consistente contra diferentes variantes virais. Participaram dos testes pacientes sem necessidade de internação, que não tinham recebido nenhuma dose de vacina e apresentavam pelo menos uma comorbidade que aumentasse o risco de evolução do quadro clínico. Uma maior porcentagem de participantes no grupo de Molnupiravir relatou melhora sustentada e/ou resolução para a maioria dos sinais e sintomas da doença, enquanto uma maior porcentagem de participantes no grupo placebo relatou progressão da maioria dos sinais e sintomas. O estudo teve sete centros no Brasil: três em São Paulo (dois na capital e um em São José do Rio Preto), Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Bento Gonçalves (RS).
A fase 3 do estudo MOVe-OUT (MK-4482-002) foi iniciada em abril de 2021 e avaliou o Molnupiravir como tratamento para pacientes ambulatoriais com Covid19 confirmada, com até 5 dias de sintomas (4 comprimidos, duas vezes ao dia, durante cinco dias por pacientes). Um outro estudo de fase 3, o MOVeAHEAD, está em andamento e avalia a eficácia e segurança do medicamento na prevenção da disseminação da Covid-19.
CES/ Universidade de Coimbra, Portugal – Caynnã Santos “Pandemia e academia em casa: propostas para uma academia mais igualitária no pós- COVID-19”
Farmanguinhos/ Fiocruz, Brasil – Núbia Boechat “Educação em saúde: academia integrada com sociedade e empresa”
Faculdade de Ciências e Tecnologia/ Universidade de Cabo Verde – Iniza Araújo “A experiência de Cabo Verde na integração da formação em saúde”
IHMT/ Universidade NOVA de Lisboa, Portugal – Joana Marques “Do financiamento da ciência à tecnologia industrial”
CICECO/ Universidade de Aveiro – Márcia Neves “O Empreendedorismo na academia para a saúde”
PNPD/Universidade Federal Fluminense, Brasil – Alcione Carvalho e Farmanguinhos/ Fiocruz, Brasil – Carla Silveira “Estratégias de PI na saúde para o ecossistema de inovação”
Laboratório: Farmacotécnica Experimental Coordenadores: Thiago Frances Guimarães e Eduardo Gomes Rodrigues de Sousa Data: 2018 Financiamento: Inova/Fiocruz
Apresentações em congressos
12th European Paediatric Formulation Initiative (2020): Characterization of chloroquine ion-exchange resinates in the solid-state and in vitro taste masking evaluation for a future paediatric formulation.
13th European Paediatric Formulation Initiative (2021): Evaluation of in vitro taste masking of chloroquine diphosphate using ion exchange resins.
Novas moléculas multialvos derivadas de piperaquina-triazolopirimidina para a malária
Laboratório: Síntese de Fármacos Integrantes: Nubia Boechat Andrade (coordenadora), Mônica Macedo Bastos, Luiz Carlos da Silva Pinheiro, Débora Inácio Leite, Livia de Melo Feitosa. Data: 2019 Financiamento: CNPq
Fármacos anti-hipnozoítas de delivery direcionado e baixa hemotoxicidade para tratamento e eliminação de malária vivax
Laboratório: Síntese de Fármacos Integrantes: Leonardo Jose de Moura Carvalho (coordenador), Nubia Boechat Andrade, Cristiane França da Silva. Data: 2018 Financiamento: Fiotec/Fiocruz
Centro Nacional de Pesquisa do Hipnozoíta (CNP-Hipnos): biologia e avaliação de novas drogas contra as formas dormentes de Plasmodium vivax utilizando o modelo de infecção de Plasmodium cynomolgi em primatas Macaca mulata
Laboratório: Síntese de Fármacos Integrantes: Leonardo Jose de Moura Carvalho (coordenador), Nubia Boechat Andrade, Luiz Carlos da Silva Pinheiro, Flavia Fernandes da Silveira, Claudio Tadeu Daniel Ribeiro, Kamilla R. Rogério. Data: 2016 Financiamento: Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do RJ (Faperj)
Fármaco inovador para malária MEFAS
Laboratório: Síntese de Fármacos Integrantes: Nubia Boechat Andrade (coordenadora), Lúcia Mayer, Antoniana Ursine Krettli, Fernando de Pilla Varotti, Julia Barbosa Cardoso, Rita de Cassia Castro Carvalho, Anna Carolina Aguiar, Thiago S. Silva, Jorge Souza Mendonça, Alessandra Lifsitch Viçosa. Data: 2006 Financiamento: Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do RJ (Faperj) e PDTIS/Fiocruz.
Projeto em P&D em Síntese de Organofluorados e Heterociclos para Doenças Negligenciadas, Aids e Câncer
Laboratório: Síntese de Fármacos Integrantes: Nubia Boechat Andrade (coordenadora), Frederico Silva Castelo Branco, Luiz Carlos da Silva Pinheiro, Lucas V.B. Hoelz, Alcione S. Carvalho, Mônica Macedo Bastos. Data: 2000
O papel da Anexina A1 na tolerância de camundongos Balb/c à infecção por P. berghei ANKA
Laboratório: Farmacologia Aplicada Integrantes: Mariana Conceição de Souza e Tatiana Almeida Pádua (coordenadoras), Aryella Maryah Couto Correa, Pedro Lucas Almeida Gomes. Objetivo: Investigar novos alvos terapêuticos que possam modular a inflamação e sugerir possíveis terapias adjuntas aos antimaláricos.
O papel dos receptores de canabinóides na injúria pulmonar induzida pela malária
Laboratório: Farmacologia Aplicada Integrantes: Mariana Conceição de Souza e Tatiana Almeida Pádua (coordenadoras), Aryella Maryah Couto Correa, Pedro Lucas Almeida Gomes. Objetivo: Investigar novos alvos terapêuticos que possam modular a inflamação e sugerir possíveis terapias adjuntas aos antimaláricos.
Identificação e avaliação da atividade das vesículas extracelulares oriundas de eritrócitos infectados por Plasmodium spp. em macrófagos
Laboratório: Farmacologia Aplicada Integrantes: Mariana Conceição de Souza e Tatiana Almeida Pádua (coordenadoras), Aryella Maryah Couto Correa, Pedro Lucas Almeida Gomes. Objetivo: Investigar novos alvos terapêuticos que possam modular a inflamação e sugerir possíveis terapias adjuntas aos antimaláricos.
Jovem Cientista do Nosso Estado (2016) – Mariana Conceição de Souza
Bolsista de produtividade CNPq (2016 – 2019) – Mariana Conceição de Souza
48º Congresso da SBFTE (2016): Menção Honrosa ao trabalho “Lipoxin A4 Prevents Malaria-induced Acute Respiratory Distress Syndrome by Decreasing Neutrophil Egress From Bone Marrow.” (Tatiana Almeida Pádua)
Prêmio Anual IOC de Teses Alexandre Peixoto (2017): “Papel do eixo FPR2/ALXR-Lipoxina A4 durante o desenvolvimento da malária grave experimental” (Tatiana Almeida Pádua)
Dado Científico – Espaço de criação de conteúdo, produtos e serviços feitos por pesquisadoras e estudantes do Laboratório de Farmacologia Aplicada, liderado por Mariana Souza e Tatiana Pádua. Instagram Dado Científico @Dadocientifico
FARMANJI – Jogo de tabuleiro virtual em que as pessoas passam por situações do dia a dia envolvendo o uso e descarte de medicamentos. Apresentação do jogo (Youtube) e Link do jogo.
Primaquina é utilizado no tratamento da malária causada por Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium ovale ou malária mista. Também indicado nos tratamentos de pneumocistose e de pacientes portadores do vírus HIV com pneumonia por Pneumocystis carinii (recentemente denominado Pneumocystis jirovecii), em associação à clindamicina como tratamento alternativo.
O difosfato de primaquina é um antimalárico totalmente desenvolvido por Farmanguinhos. A responsável pela Divisão de Gestão de Desenvolvimento Tecnológico de Farmanguinhos, Juliana Johansson, explica que o produto já fez parte do portfólio institucional e, com o avanço da ciência e o advento de novas tecnologias, foi possível atribuir melhorias ao medicamento. Com isso, além de oferecer mais qualidade aos pacientes, atendeu a uma necessidade do Ministério de ampliar a relação de medicamentos contra malária.
“A Primaquina é fruto de desenvolvimento tecnológico das equipes de Farmanguinhos, que estudaram estratégias tecnológicas para elevar a qualidade do medicamento. Essa é uma característica encantadora da ciência: as ferramentas tecnológicas evoluem e permitem que se amplie o entendimento sobre algo que, em um passado, considerava-se completamente conhecido. Isso possibilita que melhorias contínuas sejam estudadas e implementadas, sempre permitindo que se atinjam patamares superiores de qualidade. O resultado é entregar um produto que gere melhor desempenho do medicamento para o tratamento da patologia”, observa a farmacêutica.
Em março de 2022, a Unidade conseguiu o registro da nova formulação do antimalárico Primaquina 5mg junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Fruto de desenvolvimento totalmente interno, o medicamento é considerado inovador por apresentar uma nova concentração no Brasil. Com essa chancela, além de ampliar o portfólio do Instituto, a iniciativa garantirá que a população tenha acesso ao tratamento completo da doença pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária (PNCM).
Essa expertise torna a unidade um laboratório ímpar no Brasil, o que fornece o maior número de medicamentos para o Ministério da Saúde e referência da maioria dos que são indicados no Guia de Tratamento da Malária no Brasil, cuja finalidade é otimizar o trabalho dos profissionais de saúde e garantir a padronização dos procedimentos necessários para o tratamento da enfermidade. O documento apresenta todas as orientações relevantes sobre a indicação e uso dos antimaláricos preconizados no Brasil de acordo com a espécie parasitária, o grupo etário, a toxidade e o peso dos pacientes.
Atualmente, Farmanguinhos é referência no ASMQ e na Primaquina 15mg. A meta é que a concentração de 5mg também seja submetida à Anvisa e se torne modelo. Com isso, as empresas interessadas em registrar medicamentos genéricos ou similares deverão utilizar obrigatoriamente o produto do Instituto como parâmetro, seguindo seus critérios para realizar testes e estudos.