Mês: janeiro 2017 (Página 2 de 4)

Dedicação total

Fabricação, Embalagem, Manutenção Fabril e PCM se uniram e mostraram que a grande demanda, em pouco tempo, se tornou pequena em relação ao engajamento de todos

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Blísters produzidos pela Libbs já serão distribuídos à população nas embalagens de Farmanguinhos

Blísters produzidos pela Libbs já serão distribuídos à população nas embalagens de Farmanguinhos

“Um por todos! Todos por um”, frase conhecida através do filme “Três Mosqueteiros”, escrito pelo francês Alexandre Dumas, traduziu a ação de 56 colaboradores de diferentes setores do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/ Fiocruz), que se uniram em prol de um único objetivo: realizar, em somente nove dias úteis, as embalagens secundárias para entregar uma grande demanda, um total de 29 lotes, do medicamento Tacrolimo ao Ministério da Saúde.

A embalagem secundária é uma das etapas que já está em andamento do processo de transferência de tecnologia, da Libbs para Farmanguinhos, que estará, através da Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP), apto a produzir e distribuir o fármaco para o Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo Beatriz Simões, Gerente de Produção da Vice-Diretoria de Operações e Produção (VDOP), foram embalados 17 lotes de 1mg e 12 lotes de 5mg. “O processo é demorado, levando mais de 40h por lote, no caso da concentração de 1 mg, e demanda 14 pessoas por linha em cada turno. Os materiais chegaram com um prazo curto para a realização da embalagem secundária e, apesar de não ser uma atividade complexa, foi um desafio para a equipe de Produção”, afirmou Beatriz.

A gerente explicou o processo de embalagem dos lotes, que foi feito com a participação de 56 colaboradores de diversos setores, em duas linhas e dois turnos, para conseguir atingir o objetivo do prazo. “Só a equipe de embalagem não daria conta neste curto espaço de tempo, então solicitamos ajuda das equipes da Fabricação, da Manutenção Fabril e PCM, que também fazem parte da VDOP. Essa integração e a dedicação e motivação de todos foram fundamentais para que a meta fosse alcançada”, contou.

Mesmo em funções diferentes, o foco foi no objetivo e no prazo da entrega. “Todos se comprometeram com o propósito, mesmo quem não tinha o hábito de realizar a atividade. Os próprios colaboradores da embalagem comemoraram o feito e quiseram registrar o momento, com fotos e se reuniram para o almoço. Foi nítido o engajamento de todos e o comprometimento dos colaboradores de outros setores”, parabenizou Beatriz.  Ela ainda citou a importância do pessoal que realiza a conciliação das fichas técnicas, que agilizou o processo de revisão da documentação do lote.

Transplantes – O Tacrolimo  é um fármaco imunossupressor recomendado para pacientes submetidos a transplante de rim ou fígado, com o intuito de evitar que o sistema imunológico rejeite o órgão enxertado.

De acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), feito pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), de janeiro a setembro de 2016 foram realizados 1.381 transplantes de fígado no Brasil e 4.114 transplantes de rim.

Beatriz frisou a necessidade desta etapa de produção e do cumprimento dos prazos para os pacientes. “Apesar da embalagem secundária ser uma atividade relativamente simples,é importante para o paciente que seja executada no prazo de modo que ele receba o medicamento na data em que precisa tomá-lo. Principalmente para um paciente transplantado, este medicamento tem uma importância muito grande e depende do bom funcionamento de todas as etapas em sua produção, até que chegue às prateleiras”, ressaltou.

Júlio Bento, Supervisor da Fabricação, Beatriz Simões, Gerente da Produção, e Cláudia Coelho, Supervisora da Fabricação

Júlio Bento, Supervisor da Fabricação, Beatriz Simões, Gerente da Produção, e Cláudia Coelho, Supervisora da Fabricação

Émila Fernandes e Luis Gustavo Pimentel, Supervisores da Embalagem

Émila Fernandes e Luis Gustavo Pimentel, Supervisores da Embalagem

Com a transferência de tecnologia, o Ministério da Saúde economizará em torno de R$ 240 milhõesármaco

Com a transferência de tecnologia, o Ministério da Saúde economizará em torno de R$ 240 milhões

Transferência de Tecnologia – O processo da PDP doTacrolimo foi iniciado em 2009, com o intuito de transferir a tecnologia para a unidade, fazendo com que a compra do produto passasse a ser feita de forma centralizada para o Ministério da Saúde, gerando economia de aproximadamente R$ 240 milhões e ainda fortalecendo o Complexo Econômico Industrial de Saúde (Ceis).

Com algumas etapas ainda em andamento, o início do processo de embalagem secundária foi iniciado em junho de 2016. A etapa de transferência transversa, com 100% da demanda sendo embalada em Far, está com previsão para finalização em janeiro de 2017. Já para o mês de fevereiro, estudos complementares para alteração de especificações e métodos analíticos serão feitos pelo Controle de Qualidade, dando andamento a mais uma importante etapa.

Outra grande fase será a obra na parte fabril, que está prevista para ter início ainda em janeiro e término ao fim de 2017.

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Fotos: Edson Silva

Atenção a crianças com esquistossomose

Farmanguinhos integra grupo internacional voltado para o desenvolvimento do medicamento Praziquantel pediátrico


Na última semana (de 11 a 13 de janeiro), os colaboradores do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) Daniel Lacerda, Juliana Soares e Margareth Gallo, que atuam na Coordenação de Desenvolvimento Tecnológico da unidade, participaram da primeira reunião técnica da equipe que integra o time CMC (sigla em inglês para Química, Produção e Controle) do Consórcio Praziquantel Pediátrico em 2017. O encontro contou com a presença de representantes do laboratório Merck, e foi realizado nas dependências deste laboratório na cidade alemã de Darmstadt.

Durante o Congresso Europeu de Saúde e Medicinal Tropical, realizado na Suíça em 2015, Daniel Lacerda explicou aos visitantes alguns detalhes sobre a iniciativa (Acervo pessoal)

Durante o Congresso Europeu de Saúde e Medicinal Tropical, realizado na Suíça em 2015, Daniel Lacerda explicou aos visitantes alguns detalhes sobre a iniciativa (Acervo pessoal)

O Consórcio Praziquantel Pediátrico é uma iniciativa conjunta internacional que visa elaborar uma formulação deste medicamento contra a esquistossomose mais adequada para as crianças menores de seis anos de idade. Ao todo, o grupo é integrado por sete instituições. Por se tratar de questões relacionadas à produção, nesta reunião, especificamente, participaram Merck e Farmanguinhos, por serem responsáveis, respectivamente, pelo projeto como um todo e pela produção do medicamento.

Gerente do projeto na unidade, Daniel Lacerda explica que o processo de desenvolvimento do Praziquantel (PZQ) pediátrico encontra-se na etapa de testes clínicos de fase II, ou seja, neste momento, busca-se a definição da melhor formulação e da dose. Os estudos estão sendo realizados em um grupo de crianças da Costa do Marfim, na África, diagnosticadas com esquistossomose. Em seguida, o medicamento será submetido a ensaios clínicos de fase III, isto é, a formulação e dose selecionadas na fase II será testada num grupo maior de pacientes a fim de avaliar a segurança e a eficácia do produto.

“Nesta reunião, discutimos o cronograma e os detalhes da transferência de tecnologia da formulação, processo de fabricação e análise do L-Praziquantel para Farmanguinhos. Está prevista ainda para este ano, possivelmente em março, uma visita técnica da equipe da Merck ao Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM) de Farmanguinhos, para acompanhar a produção de um lote industrial do medicamento”, explicou Lacerda. Ele informou ainda que, até o fim deste ano, deverá iniciar a terceira fase dos testes com a nova formulação do Praziquantel. O registro do medicamento está previsto para final de 2018 e início de 2019.

Os estudos clínicos de fase II estão sendo realizados em um grupo de crianças da Costa do Marfim, na África, diagnosticadas com esquistossomose (Arquivo)

Os estudos clínicos de fase II estão sendo realizados em um grupo de crianças da Costa do Marfim, na África, diagnosticadas com esquistossomose (Arquivo/Consórcio Praziquantel Pediátrico)

A esquistossomose é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a segunda principal doença parasitária e infecciosa, atrás apenas da malária. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, dos mais de 249 milhões portadores desta patologia em todo o mundo, metade é constituída por crianças, sendo 10% do total com idades pré-escolares (abaixo de seis anos). Apesar deste indicador, o único fármaco empregado na terapia contra a doença, o Praziquantel, ainda não apresenta formulação adequada a essa faixa etária.

Parceiros – O Consórcio Praziquantel Pediátrico foi estabelecido em julho de 2012 como a primeira parceria público-privada internacional sem fins lucrativos relacionada à luta contra a esquistossomose, e apoiada por líderes especializados mundialmente em doenças infecciosas parasitárias tropicais:

Merck – A empresa lidera o programa e fornece competência e apoio relacionado ao PZQ, incluindo recursos internos de diferentes áreas necessárias para o desenvolvimento clínico – fabricação do fármaco, pré-clínico, clínico e regulatório. É também responsável pelo desenvolvimento e fabricação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) L-PZQ;

Astellas Pharma Inc. – A empresa farmacêutica desenvolveu as novas formulações pediátricas de PZQ e fornece aconselhamento especializado no desenvolvimento clínico para crianças e modelamento farmacocinético;

Swiss Tropical & Public Health Institute – O instituto sem fins lucrativos é internacionalmente reconhecido por suas pesquisas, serviços, ensinamentos e treinamentos em saúde global. Contribui com vasta experiência em pesquisa biológica e farmacológica, epidemiologia e pesquisa clínica relacionada a helmintos em regiões endêmicas;

Lygature – É uma fundação holandesa sem fins lucrativos, atua como um coordenador independente do Consórcio, fornecendo a gestão nos termos de progresso, finanças e colaboração. Desde 2006, a Lygature apoiou quase cem parcerias público-privadas no campo da ciência e saúde, incluindo doenças relacionadas à pobreza;

SimCYP – Baseada no Reino Unido, a empresa de pesquisa fornece capacidades e competência para o modelamento farmacocinético;

Schistosomiasis Control Initiative – A Iniciativa de Controle da Esquistossomose, do Imperial College London, tem como objetivo fornecer tratamento à população rural carente da África subsaariana e do Iêmen contra a esquistossomose e três outros helmintos transmitidos pelo solo. A SCI facilitará a preparação e a implementação do plano de Acesso e Distribuição;

Farmanguinhos – O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) é um laboratório farmacêutico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculado ao Ministério da Saúde do Brasil. A unidade fornece competência única para abordar a produção e distribuição das novas formulações pediátricas em países endêmicos.

Produção de dengueTech

BR3 investirá R$ 20 milhões na fábrica que produzirá o biolarvicida desenvolvido por Farmanguinhos

 

Elizabeth Sanches entre Rodrigo Perez e assessora da BR3 S.A. Eles apresentaram o DengueTech durante seminário sobre dengue, zika e chikungumya realizado na Fiocruz (Foto: Edson Silva)

Elizabeth Sanches entre Rodrigo Perez e assessora da BR3 S.A. Eles apresentaram o DengueTech durante seminário sobre dengue, zika e chikungumya realizado na Fiocruz (Foto: Edson Silva)

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o presidente da BR3 S.A, Rodrigo Perez, disse que investirá R$ 20 milhões na fábrica que produzirá o biolarvicida DengueTech. O produto foi totalmente desenvolvido pela equipe de Farmanguinhos, liderada pela pesquisadora Elizabeth Sanches, que isolou a bactéria Bacillus thuringiensis (BTi), encontrada em solo nacional. A tecnologia foi depois transferida para a BR3, empresa 100% nacional, que venceu o edital público para produção e comercialização do produto.

Devido à ausência de toxicidade, o que confere segurança aos aplicadores e à população de um modo geral, a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza o uso de biolarvicidas à base de BTi como o mecanismo mais eficaz de ação contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya.

Leia abaixo a íntegra da notícia publicada na Folha de S.Paulo, edição desta terça-feira (18/1).


Fábrica vai fazer inseticida de bactérias contra Aedes aegypti

A BR3, empresa de tecnologias química e biológica, vai investir R$ 20 milhões em uma fábrica em Taubaté na qual produzirá um inseticida contra o Aedes aegypti

 

O produto é um tablete que se dissolve na água. Ele contém uma bactéria que se alimenta da larva do mosquito que transmite dengue, zika e chikungunya. “A bactéria existe na natureza, quem já tomou água da cachoeira já bebeu muito dela”, diz Rodrigo Perez, diretor executivo da companhia. A BR3, que foi auxiliada pela Investe SP para encontrar o local para a fábrica, tenta obter autorização da Anvisa para que o tablete possa ser colocado em água potável.

A ideia é que, com isso, o inseticida seja aplicado em reservatórios domésticos em casas de áreas carentes, com financiamento do poder público, segundo Perez. O plano é vender também o tablete em canais de abastecimento tradicionais.

Com informações da Folha de S.Paulo

 

Primeiro medicamento derivado da maconha

Anvisa concede pela primeira vez o registro de um produto à base de Cannabis sativa no Brasil

 

 

Com informações de O Globo

 

Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (16/1) o registro do primeiro medicamento derivado da Cannabis sativa no Brasil. A resolução foi assinada na última sexta-feira (13/1), pelo presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jarbas Barbosa.

 

Trata-se do Mevatyl, indicado para tratar adultos com espasmos prolongados em decorrência de esclerose múltipla. O remédio é composto por 27 mg/mL de tetraidrocanabinol (THC) e 25 mg/mL de canabidiol (CBD).

 

O produto já é aprovado em 28 países, incluindo Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Suíça e Israel. Em vários deles, seu nome comercial é Sativex. No Brasil, ele será classificado como tarja preta, vendido apenas com apresentação de receita. De acordo com a Anvisa, estudos clínicos mostraram que a dependência devido ao uso do Mevatyl é improvável.

 

Conforme noticiado na coluna de Lauro Jardim, a estimativa é que o remédio esteja à venda em 60 dias.

 

Segundo a Anvisa, o medicamento “é indicado para o tratamento sintomático da espasticidade moderada a grave relacionada à esclerose múltipla, sendo destinado a pacientes adultos não responsivos a outros medicamentos antiespásticos e que demonstram melhoria clinicamente significativa dos sintomas relacionados à espasticidade durante um período inicial de tratamento com o Mevatyl”.

 

SEM INDICAÇÃO PARA EPILEPSIA E MENORES DE IDADE

A Anvisa resslta que o medicamento não é indicado para tratar epilepsia, uma vez que uma de suas substâncias ativas, o THC, tem o potencial de agravar as crises epiléticas. O Mevatyl também não é recomendado para crianças e adolescentes até os 18 anos, porque não há estudos comprovando segurança e eficácia para esta faixa etária.

 

O medicamento será fabricado por GW Pharma Limited, no Reino Unido, e a detentora do registro do remédio no Brasil é a empresa Beaufour Ipsen Farmacêutica Ltda, da cidade de São Paulo.

 

Até agora, a Anvisa só havia liberado a importação de medicamentos à base de cannabis, e não registrado algum deles, permitindo sua venda dentro do país.

 

Notícia completa – Para ler a íntegra da matéria publicada no sítio da Anvisa, clique aqui.

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