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Inscrições abertas para especialização em Tecnologias Industriais Farmacêuticas

Com carga de 390 horas, o curso oferece 20 vagas e iniciará as aulas em janeiro de 2021. Interessados podem se inscrever até 19 de novembro. Confira o edital

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos / Fiocruz) torna público o edital para o Curso de Especialização em Tecnologias Industriais Farmacêuticas. A capacitação objetiva a formação de profissionais com visão de inovação, que possam atender aos desafios do desenvolvimento de produtos, identificar novas soluções, estratégias e melhores práticas para aumentar a eficiência e o sucesso dos programas de desenvolvimento de produtos farmacêuticos.

O curso oferece 20 vagas e iniciará em janeiro de 2021, com o término das aulas previsto para dezembro de 2021. A carga horária total é de 390  horas, distribuídas em dois períodos letivos. As aulas serão ministradas virtualmente ou presencialmente no Instituto de Tecnologia de Fármacos, nos campi de Jacarepaguá ou de Manguinhos.

Clique na imagem abaixo e acesse o Edital de Chamada Pública para o ano de 2021.

Prova será adiada

Levando em consideração a greve dos caminhoneiros, que tem afetado a logística de mobilidade urbana em todas as cidades do Brasil, a Comissão Organizadora do processo seletivo para novos alunos do curso de Especialização em Tecnologias Industriais e Farmacêuticas (TIF) decide suspender a prova que estava agendada para esta segunda-feira (28/5).

Uma nova data será informada com antecedência mínima de 07 (sete) dias úteis.

Mais informações:
Telefones: (21) 3348 – 5058 / 3348 – 5044
E-mail: secensino@far.fiocruz.br

Inscrições abertas

Especialização em Tecnologias Farmacêuticas tem carga de 390h e as aulas serão iniciadas em agosto de 2018. Confira o edital (mais…)

Diversidade de biomas e de áreas de estudo

Aula Inaugural da Especialização de Gestão da Inovação em Fitomedicamentos discute o caminho tecnológico até os novos paradigmas, sustentabilidade e biodiversidade


Viviane Oliveira / Maritiza Neves

Na programação, os professores, alunos e o NGBS se apresentaram

Entrelaçando as áreas de gestão, inovação, fitomedicamentos e biodiversidade, o Coordenador Científico do curso de Especialização de Gestão da Inovação em Fitomedicamentos, Glauco Villas Bôas, proferiu a Aula Inaugural para alunos, professores e convidados da unidade, com o tema “A inovação em medicamentos da biodiversidade a partir de um novo paradigma”. No encontro, ele apresentou uma trajetória da ciência e da tecnologia no país e no mundo, com citações de teóricos, mudanças, complexidades, relações com a política, economia e os novos paradigmas.

Villas Bôas comentou sobre a troca entre professores e alunos de diversas áreas no curso. “Começamos um momento de intensas trocas, em um ambiente participativo, para pensar, exercitar um pouco da interpretação e organizar o pensamento, para construção da inovação a partir da biodiversidade”, explicou. Ele ainda falou sobre a interdisciplinaridade da especialização. “O curso cada vez mais deixa de ser uma colcha de retalhos, para ser uma construção de diversos pontos de vista, no caminho do futuro gestor. É importante que no mundo de hoje, ele esteja habilitado a participar da discussão de qualquer problema de gestão ou inovação, não só de fitomedicamentos, como também de medicamentos da biodiversidade”, frisou o coordenador.

Suzete da Silva Zanon, psicóloga, tem aperfeiçoamento na área de clínica hospitalar com ênfase em infectologia, e ingressou na turma. “Minha expectativa é grande. Estou muito curiosa. Sou adepta a utilização de coisas naturais. Na área da gestão, a questão maior para agregar valor à minha disciplina, para saber qual ação, eu como psicóloga, posso fazer nessa área de atuação. Como é novo, isso me causa uma grande euforia para saber o que vai acontecer”, declarou.

Para introduzir o assunto, Villas Bôas comentou sobre a mudança tecnológica, com crescimento contínuo da pesquisa e da ciência na Segunda Guerra Mundial, passou pelo neoliberalismo americano e ainda destacou as regras básicas para pesquisa e desenvolvimento (P&D), através do Manual Frascati, que faz uma medição de atividades científicas e tecnológicas.

Para ele, a cooperação econômica passou a dar diretrizes para as políticas de ciência e tecnologia, para sustentar o desenvolvimento. E então surgiu a pergunta “Ciência para política ou política para ciência”?

Entre comparativos de perspectivas econômicas e políticas, ele falou ainda da inovação como um motor do desenvolvimento, trazendo a novidade e destruindo o processo anterior. Ressaltou também o paradigma científico como um modelo de pesquisa, que vem a partir do desenvolvimento da ciência em algumas áreas.

Marcelo Ferreira, Carla Curi e Suzete Zanon fazem parte da nova turma da especialização e falaram de suas motivações e expectativas

Marcelo Ferreira, Carla Curi e Suzete Zanon fazem parte da nova turma da especialização e falaram de suas motivações e expectativas

Marcelo Neves Ferreira, enfermeiro, comparou o estudo à prática no trabalho. “O que me trouxe a este curso foi conhecer pessoas que já fizeram, gostaram e me indicaram. O que me despertou a vontade de estudar foi ter utilizado uma tecnologia de uso de extrato de calêndula sobre um machucado, quando eu era enfermeiro na clínica da família, e ter visto uma resposta muito boa. Daí surgiu a vontade de colher mais conhecimentos relacionados a fitoterápicos”, contou o aluno.

O coordenador salientou que o curso tem foco na inovação a partir da biodiversidade e explicou sobre o termo, que nasceu na Escola da Biologia da Conservação. Para ele, a biodiversidade não é só no sentido de preservação, mas de interação da diversidade biológica com o mundo real. Ele citou o autor Schwatzman, que fala sobre a evolução da ciência e tecnologia no Brasil.

Ao falar sobre biodiversidade, Villa Bôas definiu o que são medicamentos da biodiversidade e falou sobre o futuro. “É todo aquele que se origina na biodiversidade ecossistêmica, de espécies e diversidade genética. Considerando que o Brasil tem a maior diversidade do mundo, muda a estatística e aponta um caminho para um programa de desenvolvimento técnico-científico-industrial para o Brasil e o mundo”, alertou. Segundo ele, 60% dos medicamentos usados no mundo são da biodiversidade, de origem vegetal ou animal.

Para o coordenador, ainda não é conhecido nem 10% da diversidade existente em cada bioma dos seis existentes no país. E é de suma importância ter a concepção de fazer este trabalho em redes. “Os acadêmicos se juntam e passam informações em redes. A cooperação tem que ser resgatada, pois há muita coisa a ser feita para alavancar a base da ciência nas universidades, nos institutos de tecnologia, no conhecimento popular e no conhecimento tradicional. Isso é uma rede do conhecimento e ele deve ser estruturado em cada bioma”, finalizou.

Carla Nastare Curi, farmacêutica, responsável técnica pela clínica da família José de Paula Lopes Ponte, falou sobre a motivação principal. “Comecei a desenvolver um projeto na minha unidade de plantas medicinais e, a partir daí, quis começar a estudar mais. Primeiro, busquei um curso de cultivo e quando você abre uma porta para o conhecimento, você quer sempre mais. Então, vim buscar mais conhecimento aqui, neste curso. Minha expectativa é poder trocar bastante informações com os outros alunos e conhecer os meios para conseguir desenvolver os meus projetos”, revelou Carla.

Ao longo do dia, a Coordenadora do curso, Regina Nacif, fez uma apresentação dos professores, dos alunos, da equipe de ensino e do Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde (NGBS). Ela também mostrou as bases teóricas com que o NGBS trabalha e que, consequentemente migram para o curso. Segundo ela, esta apresentação se fez necessária devido à dificuldade que algumas pessoas têm de perceber qual o papel do curso nas ações do núcleo. Também foi conversado sobre a organização curricular do curso e as normas de funcionamento entregues para alunos e professores.

Comunidade Virtual de Aprendizagem – Essa é uma comunidade de interação entre professores e alunos. Neste local, ficam guardadas as ementas, as disciplinas e as notícias de interesse do curso. Mas, não é só isso. Professores e alunos deverão circular bastante dentro desta comunidade. “A gente quer incentivar o professor a usar mais o espaço de fórum para discutir as questões que surgem na sala de aula. Também queremos estimular o professor a colocar todas as tarefas na comunidade e, por sua vez, o aluno terá que responder por ali, também, para que a comunidade possa, enfim, exercer o papel dela. Este tipo de ação, propiciará um melhor controle das atividades que já foram ou estão sendo lançadas”, contou Regina.

Anteriormente, devido a questões tecnológicas, tanto o aluno quanto o professor encontravam dificuldades para acessar a comunidade fazendo com que eles migrassem para o e-mail. “Queremos modificar esse fluxo. Continuaremos a utilizar a plataforma Moodle tendo o suporte do ensino à distância da Escola Nacional de Saúde Pública (EAD-Ensp). Porém, com um foco mais direcionado aos problemas encontrados pelos alunos e professores na utilização da plataforma”, disse.

*O Moodle é uma plataforma de aprendizagem a distância baseada em software livre. É um acrônimo de Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment (ambiente modular   de   aprendizagem   dinâmica   orientada   a   objetos).

Fotos: Edson Silva

Gestão da Inovação em Fitomedicamentos

Especialização abre nova Chamada, com inscrições até o dia 15/01. São poucas vagas. Inscreva-se.

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