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Farmanguinhos recebe representantes da Multinacional Boehringer

Etapas finais da parceria do pramipexol e novas parcerias são pautas do encontro

A partir da esquerda: diretor de Relações Governamentais da Boehringer, Walmir Caetano, chefe do Centro de Empreendedorismo e Assistência Farmacêutica (CEAF), Tereza Santos, diretor Jorge Mendonça, coordenadora de Desenvolvimento Tecnológico, Alessandra Esteves, e o novo diretor de Relações Governamentais, Marcello Scattolini (Foto: Viviane Oliveira)

Farmanguinhos se reuniu com representantes da companhia farmacêutica alemã, Boehringer Ingelheim, no dia 15 de agosto, no Complexo Tecnológico de Medicamentos. No encontro, além de fazer um levantamento das últimas etapas da conclusão da Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do pramipexol, as instituições apontaram a possibilidade de novas parcerias.

O diretor de Relações Governamentais da Boehringer, Walmir Caetano, apresentou o novo substituto, Marcello Scattolini, que reafirmou o compromisso de seguir com a parceria do medicamento para o tratamento de Parkinson, pramipexol, que já avançará para as etapas finais, com a produção dos lotes-piloto do medicamento nas três concentrações.

Participaram do encontro, o diretor Jorge Mendonça, a chefe do Centro de Empreendedorismo e Assistência Farmacêutica (CEAF), Tereza Santos, e a coordenadora de Desenvolvimento Tecnológico, Alessandra Esteves.

Diretor de Far se reúne com secretário de Saúde do Rio de Janeiro

Encontro teve com o objetivo promover a ampliação do acesso a medicamentos no âmbito estadual

Diretor presidente do Instituto Vital Brazil (IVB), Roberto Pozzan, secretário de Saúde do estado do Rio de Janeiro, Edmar Santos, e o diretor de Farmanguinhos, Jorge Mendonça (Arquivo)

Nesta terça-feira (27/8), o diretor de Farmanguinhos, Jorge Mendonça, se reuniu com o secretário de Saúde do estado do Rio de Janeiro, Edmar Santos, e com o diretor presidente do Instituto Vital Brazil (IVB), Roberto Pozzan, para propor novas estratégias e parcerias a fim de promover a produção de medicamentos e a ampliação do acesso a medicamentos no âmbito estadual. O encontro foi realizado no gabinete do secretário, na sede da Secretaria Estadual de Saúde, a partir de uma ação coordenada pelo Centro de Empreendedorismo e Assistência Farmacêutica (CEAF) da unidade.

Dentre as propostas apresentadas pelo diretor, encontram-se: Estratégia para a produção de medicamentos pelos laboratórios públicos no estado, estreitamento do vínculo de Farmanguinhos com a Secretaria Estadual de Saúde para futuros fornecimentos com produção local e a viabilidade de formar um consórcio regional para fornecimento e aquisição de medicamentos para outras secretarias estaduais.

Farmanguinhos recebe instituição argentina para assinatura de Acordo de Confidencialidade

Cooperação com Laboratório del Fin del Mundo visa à transferência de tecnologia e distribuição de medicamentos a outros países

O presidente do Laboratório del Fim del Mundo, Carlos López, e o diretor de Farmanguinhos, Jorge Mendonça, assinaram acordo de confidencialidade nesta terça-feira no CTM (Foto: Viviane Oliveira)

Farmanguinhos recebeu representantes do Laboratório del Fin del Mundo, localizado na província argentina de Tierra del fuego. A reunião teve como objetivo a assinatura de um acordo de confidencialidade com vistas a uma cooperação para transferência de tecnologia e fornecimento de medicamentos no mercado internacional, sobretudo a países latinoamericanos.

Realizada em 13/8, no Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM), a reunião contou com a presença do presidente da instituição argentina, Carlos López, do gerente comercial, Santiago Villa, da vice-presidente Maria Clara López Ríos e do consultor Jesse Maid. Participaram do encontro o diretor Jorge Mendonça, a chefe do Centro de Empreendedorismo e Assistência Farmacêutica (CEAF), Tereza Santos, e o representante da Divisão de Mercado e Relações Internacionais do CEAF, Marcos Targino.

A partir da esquerda: Santiago Villa, Maria Clara López Ríos, Jorge Mendonça, Carlos López, Tereza Santos, Marcos Targino e Jesse Maid (Foto: Viviane Oliveira)

Ricardo Santos é Gente de Far

Desde pequeno, ao mesmo tempo que os eletrônicos instigavam a curiosidade, a intenção de atuar a favor da saúde da população já existia. É curioso ouvir falar que um engenheiro trabalhou na área hospitalar, científica e realizou especialização e mestrado voltados para gestão hospitalar e ciências da saúde. O servidor Ricardo Santos, responsável pelo Departamento de Gestão da Infraestrutura, ligado à Vice-diretoria de Gestão Institucional (VDGI), ao longo de 18 anos, uniu o conhecimento adquirido no mergulho na área acadêmica à prática das experiências vivenciadas nas áreas de Gerenciamento de Engenharia Clínica e de Infraestrutura.

Ricardo ingressou na Fiocruz em 2006, após pressão de amigos e familiares para brigar pelas duas vagas que haviam para o cargo de Engenheiro clínico. Na ocasião, foi um misto de emoções. A conquista de ingressar em uma poderosa instituição de pesquisa e tecnologia em saúde, o nascimento do filho Gabriel, no mesmo dia da posse, e um pouco antes, a conclusão do mestrado em Ciências da Saúde e Meio Ambiente, pelo Centro Universitário Plínio Leite.

Com graduações de Tecnologias em Sistemas Biomédicos, pela Faculdade de Tecnologia de Sorocaba, vinculada à Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), e Matemática, pela Universidade Castelo Branco, Especialização em Gestão Hospitalar pelo Hospital Sírio Libanês, Cursos de Extensão na ANVISA, USP e UNICAMP,  Ricardo trabalhou como engenheiro de campo pelas empresas Serv Rio Empreendimentos Médicos e Engeclinic – Saúde com tecnologia. Além disso, quando estagiava na empresa Ermec, prestou serviços em alguns laboratórios de pesquisa, inclusive de Farmanguinhos.

Na Fundação, começou no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI / Fiocruz), administrando a área de manutenção dos equipamentos médico hospitalares e científicos.

“É gratificante poder promover o bem-estar e a saúde com o através de soluções tecnológicas. Essa área é bem complexa. Temos que ter conhecimento diversificado e diferenciado nas áreas biológicas, saúde, administração e engenharias: eletrônica, mecânica e de materiais e civil ”, explicou o servidor.

Ainda no INI, Ricardo agregou a função de chefiar a Infraestrutura, que abrangia os núcleos de: engenharia clínica e hotelaria hospitalar,  obras e transporte. Além do desafio de uma nova área, Ricardo lembra a importância de propiciar um ambiente seguro para os pacientes do INI, que fazem tratamento e estudos para o HIV.

“São pacientes negligenciados, que já encaram uma dura realidade de vida e de um tratamento em um hospital público. Eu tinha que lutar pelo que queria e continuar acreditando na saúde. Mesmo com os gargalos e precariedades, dei o meu máximo para fazer a diferença para os pacientes”, lembrou Ricardo.

Atuação em Farmanguinhos – Inicialmente, a oportunidade de vir para o Instituto agradou pela proximidade à residência, porém, sem imaginar, a missão de focar no bem-estar do grupo continuaria. Devido aosmuitos cursos complementares realizados na área de gestão ao longo da sua careira, biossegurança, fiscalização, licitações e contratos, Ricardo começou na VDGI na área de Contratos, auxiliando nos termos de referência, com um olhar mais técnico.

Após oito meses em Far, assumiu o DGI, que engloba as áreas de segurança patrimonial, transporte e limpeza. Para o chefe da área, foi um grande desafio, por gerenciar uma grande equipe e lidar com empresas quarteirizadas e fornecedores.

“Estava acostumado a me relacionar com um tipo de público. Agora tenho clientes e prestadores de serviço diferentes. O nível de complexidade hoje é bastante desafiador. Antes, uma parte do processo dependia de mim e eu tinha controle sobre as ações. Agora eu não tenho como controlar as variáveis, sobre a Secretaria de Segurança Pública, sobre a Prefeitura do Rio de Janeiro, sobre a violência do entorno. A Política da Segurança Patrimonial de Far visa à prevenção como eixo principal de suas ações, com o intuito de mitigar os problemas, destacou.

Sempre em busca de novas experiências e aprendizados, Ricardo ainda foi membro da Comissão Organizadora de concursos da Fiocruz e participou dos processos como membro integrante da banca elaboradora das provas que ocorreram nos anos de 2014 e 2016. Outro projeto, ainda em andamento, é a formação em doutor em Engenharia Biomédica, pela Universidade Brasil. A previsão de conclusão é em junho de 2020, após a publicação do artigo sobre “Análise da eficiência de um sistema de ventilação hospitalar com filtragem Hepa para prevenção da tuberculose”.

Além do trabalho – Além de absorver muito conhecimento, Ricardo tem prazer em transferir estes aprendizados para alunos de graduação dos cursos de Administração e Engenharia, Mecânica, Produção e Civil, na Universidade Brasil, em Campo Grande. Além de professor, ele também é orientador nos Trabalhos de Conclusão de Curso.

Ao falar da família, não tinha como desassociar da Fundação, e o servidor lembrou de acontecimentos marcantes vivenciados com os filhos na Creche Fiocruz e que, mesmo trabalhando, pode participar e acompanhar o crescimento dos pequenos, até os cinco anos do mais velho.

Ricardo prefere os filmes às séries, para conferir início, meio e fim. Com as múltiplas atuações e vivências, profissionais e pessoais, podemos afirmar que uma série sobre o Ricardo Andrade Santos seria composta por diversas temporadas e talvez sem muitos spoilers, pois o jeito preservado e tímido, poderia garantir alguns suspenses sobre os próximos capítulos.

Conheça o Departamento de Projetos Industriais

Com o passar do tempo, as estruturas empresariais tornaram-se mais complexas e exigentes. Isso se intensifica quando se trata de uma indústria farmacêutica, um segmento dinâmico, com inúmeras particularidades, que compreende incumbências constantes relacionadas aos processos de melhoria, desenvolvimento de novos produtos, aumento de capacidade produtiva e reestruturações e adequações dos mais variados tipos, seja por necessidades internas, por demandas de mercado, ou ainda por requisitos regulatórios.

E para atender tais necessidades é preciso planejar, entender a atual situação e projetar as melhores alternativas, analisando diversos fatores, como a viabilidade do intento, itens necessários, os impactos e os custos, dentre outros. É nesse cenário que entra o Departamento de Projetos Industriais. O setor, vinculado à Vice-diretoria de Operações e Produção (VDOP), tem como objetivo desenvolver e gerenciar projetos relacionados aos processos produtivos e à central de utilidades, com foco na qualidade e no atendimento aos órgãos regulamentadores.

Jorge Camanho,Tompson Santana, José Junior, Alexandre Moore, Bernardo Rosa, Alessandro Melo e Wilson Junior.

O departamento, que é lotado no CTM, mas atende aos demais campi, tem como atribuições projetar áreas produtivas apropriadas para a fabricação, plantear áreas laboratoriais adequadas para pesquisa e desenvolvimento, especificar equipamentos para produção das unidades farmacêuticas, definir fluxos produtivos juntamente com o setor de Produção, realizar estudos de capacidade produtiva, fiscalizar contratos de obras e serviços de engenharia/manutenção, dentre outras.

Organograma do Departamento

Responsável pela área desde a sua implementação, em 2009, Alexandre Moore é farmacêutico Industrial, formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, especialista em Indústria Farmacêutica pela Fundação Getúlio Vargas – FGV e possui MBA em Gestão de Negócios pela Pontifícia Universidade Católica – PUC-Rio. Com 43 anos de experiência em indústria farmacêutica, ele já atuou na Boehringer Manheim, no Ministério da Saúde, na Smithkline Beecham e na GlaxoSmithKline, até chegar em Farmanguinhos, em 2006. Na ocasião, ele foi contratado como consultor da área produtiva.

Além de Moore, o departamento conta com mais seis colaboradores na equipe: Tompson Santana (engenheiro eletricista), Bernardo Rosa (engenheiro mecânico), Wilson Junior (engenheiro de automação), Alessandro Melo (arquiteto), José Junior (técnico em edificações e Engenheiro civil) e Jorge Camanho (engenheiro mecânico).

Projetos

Com uma média de 24 projetos por ano, o departamento elabora propostas a partir de um estudo aprofundado das necessidades da Unidade, analisando diversos itens, de acordo com a complexidade, tais como: a viabilidade técnica, os custos, os equipamentos que serão utilizados, a quantidade de pessoal envolvido, etc.

Para desenvolver tais trabalhos, os profissionais do setor utilizam diversos métodos e programas específicos. Já ao que tange às regulamentações, são consideradas as Normas Brasileiras (NBR), as Normas Regulamentadoras (NR) e a Lei 8666/93.

Dentre alguns dos projetos desenvolvidos pelo setor, encontram-se:

– Instalação do sistema de estocagem e distribuição de água Purificada para ampliar e automatizar número de pontos de uso de água;

– Transferência da Extrusora Farmacêutica do Instituto Nacional de Tecnologia para Farmanguinhos, a fim de auxiliar na melhoria da disponibilidade biológica dos medicamentos;

– Instalação de desumidificador no 2° pavimento da fábrica para adequar as condições climáticas da área produtiva para a fabricação do tuberculostático 4 em 1 (soniazida + rifampicina + pirazinamida + etambutol).

 

Conquistas

A revitalização da fábrica visando à produção dos primeiros medicamentos de PDP foi o marco do Departamento de Projetos Industriais. Alexandre Moore explica que todo o processo, desde a elaboração do projeto até a conclusão da obra, proporcionou muito aprendizado à equipe.

“Elaborar o projeto executivo foi muito desafiador, pois tínhamos que informar todo o conjunto de elementos necessários para a execução completa da obra (memoriais descritivos, cálculos estruturais, desenhos, especificações técnicas e executivas, cronograma, equipamentos necessários para a construção e planilhas orçamentárias). Até então, nós não tínhamos esse know-how. Recebemos a demanda de forma embrionária, aos poucos fomos desenvolvendo todo o projeto, até chegar à fase da obra propriamente dita.  Outro complicador é que tínhamos que fazer a obra produzindo medicamento, o que exigiu mais cuidados. Contudo, esse trabalho como um todo, foi muito gratificante para nós. Uma grande conquista”, salienta.

Para se ter uma ideia da magnitude do projeto, o local possui no total 2.100 m2 e para fazer as adequações foram necessários cerca de 100 trabalhadores (internos e externos), de diversas áreas, atuando diretamente na obra.  O tempo de duração foi de dois anos, desde o desenvolvimento do projeto até a finalização da obra. Para tal revitalização, foram investidos R$ 43 milhões, sendo  cerca de 24 milhões para a obra e o restante para a aquisição de equipamentos. No total, 21 máquinas foram adquiridas, dentre as quais: leito fluidizado, estufas, encapsuladoras, misturadores planetários e emblistadeira.

Atualmente, a fábrica está apta para a produção dos medicamentos Tacrolimo, Atazanavir, Pramipexol, Sevelâmer, Cabergolina e Duplivir. 

 

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